terça-feira, 10 de junho de 2008

"O Papa que nunca existiu" - António Andrade Albuquerque

Ontem terminei de ler mais um livro de António Andrade Albuquerque, "O Papa que nunca existiu", exemplar oferecido pelo autor.

Mais uma vez se consagra um grande escritor, capaz de captar a atenção do leitor desde a primeira página. A história é escrita de uma forma absolutamente fascinante, quer no que respeita à forma, quer ao seu conteúdo (e hoje em dia já vai sendo raro encontrar boas histórias escritas em bom português).

António é um jovem de treze anos, filho de José e Maria, que numa pequena aldeia de Vouzela surpreende todos com a sua eloquência e perspicácia. Dotado de inteligência e cultura invulgares, e um sentido de justiça e humanismo incomuns, desenvolve uma forte personalidade e encontra no Padre Albano, o pároco da aldeia, um amigo com que pode falar sobre as dúvidas que o assolam. O padre Albano admira António, e vaticina-lhe um futuro promissor.

No entanto, a morte inesperada do pároco, conduz António para uma revelação surpreendente, que leva o leitor para uma outra obra do mesmo autor - O Expresso de Berlim.

António, o menino que os professores diziam que se formaria em medicina, decide ser padre, decisão também tomada por José, o seu amigo de infância, cuja infelicidade tornou seu irmão.

Aos trinta e um anos, António é Cardeal Patriarca de Lisboa e participa no Conclave que se segue à morte do Sumo Pontífice e é eleito Papa, por unanimidade. O seu dinamismo, as suas atitudes imprevisíveis, o facto de se colocar ao lado da humanidade e as reformas que propõe para a Igreja, faz com que o apelidem de "o papa que nunca existiu"...

Mas que futuro terá este Papa, adorado pelo povo, mas olhado com desconfiança pela própria igreja?

Um livro apaixonante!

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