terça-feira, 30 de dezembro de 2008

NATAL 2008

Olá. Cá estou eu depois de uma pausa para estar com a família, comer rabanadas, sonhos, aletria, lampreia de ovos, e muitas outras iguarias que fazem muito mal mas sabem muuuuiito bem!

Espero que o vosso Pai Natal tenha sido tão generoso como o meu, que entre várias coisas me trouxe alguns livros. Aqui deixo os recém-recebidos.

domingo, 21 de dezembro de 2008

José Rodrigues dos Santos em russo


O maior grupo editorial da Rússia, o AST Group, adquiriu dois romances do autor da Gradiva, José Rodrigues dos Santos: O Codex 632 e A Fórmula de Deus. O AST Group representa 21% do mercado editorial da Rússia e deverá publicar os dois livros na chancela da sua editora Premiere Publishing.

O grupo sedeado em Moscovo garantiu os direitos exclusivos dos dois romances para a língua russa, o que significa que as duas obras do escritor português serão também publicadas na Ucrânia e na Bielorússia, abrindo-se assim a um mercado que totaliza cerca de 200 milhões de consumidores, o maior mercado de uma língua na Europa.

O russo torna-se assim a 15ª língua na qual a obra de José Rodrigues dos Santos é publicada.

Também a Holanda adquiriu mais um romance de José Rodrigues dos Santos, desta vez O Sétimo Selo. A aquisição foi feita por uma das mais prestigiadas e antigas editoras de Amesterdão, a Querido, fundada por um judeu português. A Querido já havia editado este ano A Fórmula de Deus, a que deu o título de De godsformule, livro que já esgotou várias edições e atraiu elogios da crítica holandesa. O êxito da obra levou a editora holandesa a adquirir os direitos de mais um romance de José Rodrigues dos Santos.


O ACOLHIMENTO DA IMPRENSA HOLANDESA AO ROMANCE A FÓRMULA DE DEUS:

"Chapeau voor een diepgravende en toch spannende thriller. Als er een God bestaat, wordt dit een hit."

(“Parabéns por um livro de suspense com profundidade. Se realmente existir um Deus, ele fará deste livro um sucesso.”)

Misdaadromans

“Beter dan De Da Vinci Code.”

(“Melhor do que O Código Da Vinci.”)

Tros Nieuwshow

“Houd De godsformule goed in de gaten. Deze excellent geschreven thriller is hard op weg alle bestsellers te verslaan”

(“Sigam com atenção A Fórmula de Deus. Este livro de suspense superiormente escrito vai bater todos os outros bestsellers.”)

Crimezone

"De godsformule is Douglas Hofstadter (Gödel, Escher, Bach), Dan Brown ( Da Vinci Code) en Deepak Chopra (Quantumenergie) in één biek. Petje af voor de auteur"

(“A Fórmula de Deus resume Douglas Hofstadter (Gödel, Escher, Bach), Dan Brown (O Código Da Vinci) e Deepak Chopra (Energia Quantum). Parabéns ao autor.”)

Gooi-en Eemlander

“Rodrigues dos Santos geeft zijn spionageverhaal een diepgang die Dan Brown mist (...) Het slot is ronduit prachtig”

(“Rodrigues dos Santos dá à sua história de espionagem uma profundidade que faltou ao Dan Brown. O final é simplesmente fantástico.”

Trouw
(Em Gradivanewsletter)

"Mão Direita do Diabo" - Dennis McShade

Sinopse:

«Era um adversário duro, de um calculismo extremo.
Ganhar tempo e terreno era a sua única ideia. Não mantinha ilusões quanto à minha superioridade, feita de arma na mão, mas confiava nos meus recursos: o tipo de inimigo que não aceita perder a guerra.»
Quando o contactaram para «executar» os quatro responsáveis por aquele tenebroso caso de violação, Peter Maynard estava muito longe de supor que as investigações iam conduzi-lo a um tal extremo...
Restar-lhe-ia, como consolo, a utilíssima descoberta de que, muitas vezes, quem parece mais afastado é, afinal, quem está mais próximo...

Comecei a ler este livro com grande expectativa e terminei com um forte sentido de desilusão. A história é simples, como já esperava: um milionário contrata Peter Maynard, um assassino profissional, para eliminar os quatro homes que há oito anos violaram a sua filha. Esta, após o crime horrendo, não resistiu psicologicamente, e suicidou-se. Peter Maynard inicia então, a sua cruzada em busca dos homens que não conhece, mas que está disposta a a retirar da existência terrena.

A personagem de Peter Maynard é curiosa: assassino profissional, sofre de uma úlcera no estômago, ouve música clássica, só bebe leite ou água e é dado a monólogos existencialistas.
No entanto, nem a história nem a personagem me conseguiram prender, acabando o livro (pequeno) com uma sensação de vazio. Enfim, nem todos nos podem preencher.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

"O Coleccionador de Ossos"

Hoje, como normalmente acontece numa das minhas folgas (senão nas duas), fui até à FNAC, folhear livros. E qual é o meu espanto e satisfação quando vejo este livro:


Já aqui disse que sou fã do Denzel Washington, e agora confesso que sou fã deste filme. Desde a sua edição, em 1999, já o vi várias vezes (não consigo resistir, sempre que sei que vai ser emitido novamente na televisão, fico à espera para ver). Gosto da história, da forma como a resolução dos crimes se desenrola, das personagens e da tensão entre elas. Apesar de já ter lido críticas negativas a este filme, eu gosto e como nunca fui de ir na onda nem nas críticas, admito que para mim é um bom filme e continuarei a vê-lo sempre que tiver oportunidade.

E hoje, ao ver o livro não resisti e... comprei-o! Mas para resistir à sua leitura de imediato, pois tenho muitos livros em lista de espera, pedi que o embrulhassem e coloquei-o na àrvore da Natal (é o meu presente "de mim para mim").


Espero que a leitura seja tão absorvente como o filme, do qual deixo aqui o trailler.


domingo, 14 de dezembro de 2008

"O Romance de Genji" - Murasaki Shikibu

Brilhante! Um livro diferente de tudo o que li até hoje, mas de uma beleza única.

"O Romance de Genji" é passado no Japão, durante o período Heian, e narra a história do príncipe Genji, um aristocrata que pela sua beleza única é designado como "príncipe resplandescente".

Genji, desde muito cedo que se revela especialmente afectado pela beleza feminina, sendo a sua vida marcada pelas constantes paixões que desperta e que em si são despertadas. A história de Genji é a história das suas mulheres, das mulheres que amou, quebrando tantas vezes as regras da boa conduta.

A autora, uma nobre da corte japonesa do século XI, revela-nos um Japão longínquo e exótico, e uma aristocracia ociosa, supérfula e poligâmica.

Ao longo do livro, tomamos conhecimento de um conceito de beleza muito diferente dos conceitos orientais, em que o desejo é despertado pela sensibilidade artística e o refinamento estético. As damas usavam o cabelo liso e muito comprido, ocultavam o rosto com as longas mangas das suas túnicas ou atrás dos leques que usavam. O seu bom gosto era revelado através da complexa indumentária que usavam: uma túnica e vários ushikis sobrepostos em cores contrastantes, mas obedecendo a regras muito próprias.

O ideal masculino convencionava um aspecto delicado e quase assexuado, chegando mesmo a denotar alguma fragilidade. Em ambos os sexos era muito apreciado o domínio de um instrumento musical, dançar com graciosidade, ser dotado de uma caligrafia refinada e ter capacidade para recitar e improvisar versos.

Durante a história, o leitor é envolvido num ambiente perfumado, de uma beleza estética extasiante, que por vezes nos leva a alhear da realidade que nos envolve e partilhar da realidade narrada. A escrita de Murasaki Shikibu é tão bela e envolvente que por vezes me encontrei a conseguir visualizar as cenas tão ricamente descritas, com a sensação que conseguia cheirar os odores e sentir as emoções retratadas.

Sem dúvida, um livro único!

"Quando uma criança não lê, a imaginação desaparece"

Esta campanha devia também passar na televisão e imprensa portuguesas. Numa época de Natal, em que o apelo ao consumismo atinge níveis impensáveis, as nossas crianças são assediadas diariamente com anúncios a brinquedos. E livros, alguém vê anúncios a livros? Alguém vê algum apelo à leitura? Eu não vejo e tenho pena!



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

José Rodrigues dos Santos em húngaro


HUNGRIA COMPRA TODA A OBRA DE JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS


A editora húngara Kossuth adquiriu esta semana os direitos de todos os romances de

José Rodrigues dos Santos
apresentados na última Feira de Frankfurt.
A Kossuth comprou cinco livros do autor da Gradiva: A Ilha das Trevas, A Filha do Capitão, Codex 632, A Fórmula de Deus e O Sétimo Selo. De fora ficou apenas o último romance, A vida num sopro, que ainda não tinha sido publicado na altura da Feira de Frankfurt.


O húngaro torna-se assim a 14ª língua em que a obra de José Rodrigues dos Santos é publicada.


A Kossuth recebeu este ano o prémio de Melhor Editora Húngara de 2008, galardão atribuído pelos seus pares.


(Notícia em gradivanewsletter)

Parabéns Manoel de Oliveira

Adoro, adoro, adoro. Mesmo que me olhem como se fosse um E.T., me apelidem de intelectual e outras coisas, adoro os filmes de Manoel de Oliveira e admiro-o. Gostava muito de o conhecer pessoalmente. E 100 anos é um século, dinâmico, activo, lúcido, consciente, e sempre brilhante!
Parabéns Manoel e que eu tenha muitas vezes mais o prazer de me deleitar com os seus filmes.
E como comemoração do seu nascimento, foi lançada hoje no mercado, uma Edição Especial, numerada, em DVD que oferece um panorama global da obra do realizador, incluindo diversos títulos inéditos. São vinte e uma longas-metragens (onde estão contemplados "Non ou a Vâ Glória de Mandar", "O Quinto Império", "Os Canibais", "Party", entre muitos outros). A edição inclui um disco especial de extras, com a curta-metragem "Rencontre Unique", e um livro de 132 páginas sobre os temas e a estética da obra do realizador de cinema com mais idade no mundo que se encontra no activo. Esta era uma excelente prenda de Natal.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dois novos livros

Eu sei que tinha dito que não comprava mais livros até ao Natal... mas estes não estavam na lista...




Sonhos... Um desafio...

O Pedro lançou-me um desfio que eu intitulo de "Os meus Sonhos".

As regras para os desafiados são:

1º ter que mencionar as regras,
2º escrever uma lista de 8 coisas que sonho fazer,
3º desafiar 8 cobaias para responder ao desafio,
4º fazer um comentário no Blog que nos desafiou
5º avisar os desafiados para que saibam que foram desafiados...

Aqui estão os meus sonhos:


  • Terminar o livro que estou a escrever
  • Conseguir a publicação do referido livro
  • Ter uma livraria
  • Conhecer um Tibete livre
  • Conhecer a Áustria
  • Visitar o Taj-Mahal
  • Ter um jardim Zen (o que implica ter uma casa onde o possa construir) - e aqui estão dois sonhos

E os meus desafiados são:

  1. Sónia Lx
  2. Morto-Vivo
  3. Olha que não ou talvez sim
  4. Gonçalo Coelho
  5. Um dia depois do outro
  6. Vidas Desfolhadas
  7. Last Good Bad Idea
  8. Depois da noite

domingo, 7 de dezembro de 2008

António Alçada Baptita (1927 - 2008)


Morreu hoje o escritor António Alçada Baptista, com 81 anos, vítima de doença cardíaca.
Era licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, mas destacou-se como escritor e editor, tendo sido um dos fundadores da revista «O Tempo e o Modo» e director da Moraes Editora, entre 1957 e 1972.

Dirigiu o jornal «O Dia» (1975) após a Revolução de Abril e foi presidente do Instituto Português do Livro. Em 1995, foi condecorado com a Grã-cruz da Ordem Militar de Cristo.

O corpo vai ser velado na Igreja das Mercês, em Lisboa, sendo segunda-feira levado para o Cemitério dos Prazeres.
Nascido na Covilhã, a 29 de Janeiro de 1927, o autor tem na sua mulher e nos afectos os elementos principais da sua obra.


A OBRA

1970 - Documentos Políticos (crónicas e ensaios)
1971 - Peregrinação Interior I - Reflexões sobre Deus
1973 - O Tempo das Palavras
1973 - Conversas com Marcello Caetano
1982 - Peregrinação Interior II - O Anjo da Esperança
1985 - Os Nós e os Laços (romance)
1988 - Catarina ou a Sabor a Maçã
1989 - Tia Suzana, Meu Amor (romance)
1994 - O Riso de Deus (romance)
1998 - A Pesca À Linha, Algumas Memórias
2003 - A Cor dos Dias

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Prémio Dardos


O "Conta-me Histórias" está muito contente!



Este blogue foi premiado com o "Prémio Dardos" pelos blogues "Na Companhia dos Livros" e "Leituras e Opiniões".

Muito obrigada Isabel! Muito obrigada Pedro!

Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada bloguista emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre as suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloguistas, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.

Quem recebe o Prémio Dardos e o aceita deve seguir algumas regras:

1. Exibir a distinta imagem;
2. Linkar o blogue pelo qual recebeu o prémio;
3. Escolher 15 outros blogues a quem entregar o Prémio Dardos.

Os 15 blogues a quem atribuo o prémio são:

  1. Rua da Castela
  2. O Vôo das Palavras
  3. A Companhia do C
  4. SóniaLx
  5. Um dia depois do Outro
  6. Ortografia do Olhar
  7. Estante de Livros
  8. À Margem
  9. Vidas Desfolhadas
  10. Na companhia dos livros
  11. Leituras e Opiniões
  12. Os Livros
  13. Morto-Vivo
  14. Folhas de Papel
  15. N Livros



sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Um livro e um CD

Aqui estão as minhas duas aquisições desta semana.


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O meu estado actual...


... é rouca, ranhosa, com tosse e com frio.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Leitura em Lista de Espera - 2.ª Parte

Tal como tinha referido no post anterior, ainda faltavam alguns títulos que aguardam na minha estante, para serem lidos. São duas colecções que sairam com revistas. Aqui ficam os títulos (desta vez sem as imagens, devido à quantidade):

Colecção Enigmas da História:
  1. A Quarta Aliança -Gonzalo Giner
  2. O Códice Secreto - Lev Grossman
  3. Os Olhos do Faraó - Valentí Gómez i Oliver / Boris de Rachewiltz
  4. A Regra de Quatro - Ian Caldwell / Dustin Thompson
  5. O Anel - A Herança do Último Templário - Jorge Molist
  6. Qumrân - O Enigma dos Manuscritos do Mar Morto - Eliette Abécassis
  7. O Diário Secreto de Da Vinci - David Zurdo / Ángel Gutiérrez
  8. A Sombra do Templário - Núria Masot
  9. A Comenda Secreta - Maria João Pardal / Ezequiel Marinho
  10. O Segredo do 13.º Apóstolo - Michel Benôit
  11. A Irmandade do Santo Sudário - Julia Navarro

Biblioteca Sábado:

  1. O Amante - Marguerite Duras
  2. O Pêndulo de Foucalt - Umberto Eco
  3. Meridiano de Sangue - Cormac McCarthy
  4. Sputnik, Meu Amor - Haruki Murakami
  5. Uma Conspiração de Estúpidos - JohnKennedy Toole
  6. O Historiador - Elizabeth Kostova
  7. O Carteiro de Pablo Neruda - Antonio Skármeta
  8. Os Apanhadores de Conchas - Rosamunde Pilcher

Agora só me falta mesmo o tempo para ler isto tudo... e mais os que vou comprando e recebendo...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Leitura em Lista de Espera - 1.ª Parte

Para além da lista (cada vez mais longa) de "Livros a Comprar", tenho uma, também longa, lista de livros em espera de leitura. Aqui ficam alguns (2.ª parte em breve).

























quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Desafio

O "Um dia depois do outro" lançou-me este desafio que prontamente aceitei:


Consiste em:

Colocar uma foto individual tua
Escolher uma banda ou artista da tua preferência
Responder somente com títulos da banda/artista escolhido previamente
Escolher 4 pessoas a quem fazer o desafio e não esquecer de avisá-las


Aqui ficam as minhas escolhas:



Banda escolhida: os Xutos e Pontapés, pois são a banda sonora da minha vida.

1)És homem ou mulher?
"Homem do Leme"

2) Descreve-te.
"À Minha Maneira""

3) O que as pessoas acham de ti?
"Sombra Colorida"

4) Como descreves o teu último relacionamento.
"Doçuras"

5) Descreve o actual estado da tua relação com o teu namorado/pretendente.
"Para Sempre"

6) Onde querias estar agora?
"Barcos Gregos"

7) O que pensas a respeito do amor?
"Remar, Remar"

8) Como é a tua vida?
"Vida Malvada"

9) Escreve uma frase sábia.
"O que foi não volta a ser"

Agora desafio:

"Olha que não ou talvez sim"

"Sónia Lx"

"Morto-Vivo"

"Pendulices"

domingo, 2 de novembro de 2008

Querem ser seguidores deste Blogue?

Pois é, descobri uma nova funcionalidade do Blogger: adicionar e visualizar os seguidores deste blogue, isto é, os leitores que acompanham o blogue assiduamente. Assim, no final da página, após o contador, está instalada esta funcionalidade. Podem aderir clicando em "Seguir este blogue", ou no painel de navegação do Blogger, em "Blogues que estou a seguir". Adiram!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"POST-MORTEM" - Patricia D. Cornwell

Este foi o primeiro livro que recebi através do BookCrossing. E gostei. É um policial ao meu estilo, com descrições pormenorizadas dos crimes e que à medida que a história se desenvolve nos vai revelando a personalidade do assassino.

Patricia Cornwell faz parte daquelas escritoras que desenvolve uma personagem comum aos seus romances e com a qual o leitor estabelece uma relação de cumplicidade. No seu caso, a personagem é a médica legista Kay Scarpetta, uma mulher profissional, mas que num meio de homens ainda é vista como o elo mais fraco.

A história deste livro gira em torno do assassínio de cinco mulheres que aparentemente nada tinham em comum, para além de terem encontrado a morte prematura e sadicamente nas mãos e fantasias de um assassino cruel.

Deixo aqui a sinopse:

«"Mas estas mulheres assassinadas eram as colegas do lado de quem nos sentamos no trabalho, a amiga que se convida para ir às compras ou para vir tomar uma bebida. Eram vizinhas de alguém, irmãs de alguém, filhas de alguém, amantes de alguém." Atrozmente violentadas, num espasmo de horror sádico, perverso, em seus próprios quartos. Ele parece atacar ao acaso, sempre nas primeiras horas das manhãs de sábado, com uma crueldade que se torna, a cada novo crime, mais abjecta; sem um modelo definido que ajude Kay Scarpetta, detectice, ligada ao FBI, a reunir as provas forenses de que necessita para ajudar a polícia. A realidade crua da investigação policial exposta perante o leitor, numa descrição de irrepreensível rigor técnico, que não se compadece com paliativos, que é estrangeira à morbidez frívola e bacoca. Um primeiro romance, fascinante, diabolicamente inteligente, agitado pelas ondas convulsivas de um suspense que se contrai numa tensão quase hipnótica. Post-Mortem, que inicia uma série de romances policiais que se tornaram bestsellers internacionais, foi o único a receber num só ano os prémios Edgar, Anthony e MacAvity, o Crime Writer's Association John Creasey 1990 e ainda o Prix du Roman d'Aventures 1992. Muito aclamada pelo público e pela crítica, Patricia Cornwell é, sem dúvida, uma das mais bem sucedidas escritoras de thrillers do mundo.»


domingo, 19 de outubro de 2008

"O Caso da Rua Direita" - Carlos Ademar

Sinopse:

"Em Lisboa, pela calada da noite, um carro com sangue é encontrado abandonado junto a um café. À mesma hora, no Hospital de Santa Maria entra um cadáver. As marcas do crime não deixam dúvidas. Quem matou o capitão Matias? A personalidade do defunto lançava a suspeita sobre muita gente: um marido enganado; uma mulher humilhada; uma loura vistosa; ligações a uma organização criminosa...

Uma brigada dos Homicídios embarca na aventura de tentar obter resposta.

Um livro que é um retrato fiel do quotidiano dos investigadores, das tensões vividas entre si, das paixões geradas, das frustrações e das suas dúvidas.

Mas que nos dá também a conhecer os métodos seguidos, as estratégias adoptadas, os meios utilizados, os desafios a vencer.

E, por fim, a resposta?"

Este foi o primeiro livro de Carlos Ademar que li, e foi o que me fez comprar as outras três obras do autor. É, talvez, de todos o mais simples, quer na história, quer na escrita. A história relata a investigação do caso da morte do capitão Matias, um homem simples e discreto, mas que à medida que a investigação avança se vai revelando não tão discreto e simples como nos parecia.

Um livro que retrata de forma muito fiável o quotidiano das brigadas de Homicídios da Polícia Judiciária, as suas lutas, vitórias, enganos e desenganos.

Um policial passado em Lisboa e escrito por quem tão bem conhece esta cidade e os seus segredos.

sábado, 18 de outubro de 2008

"Memórias de um Assassino Romântico" - Carlos Ademar

Sinopse:

"Depois de vários anos a trabalhar na Polícia Judiciária, ao receber uma herança Xavier decide abandonar a carreira e tornar-se detective privado. A sua experiência revelara-lhe que a Justiça tem dois pesos e duas medidas e que interesses pouco claros impedem, a maior parte das vezes, a condenação dos culpados.

Um dia entra no seu escritório a mulher de um gerente bancário, humilhada pelo marido, pedidndo-lhe ajuda no sentido de conseguir um divórcio financeiramente vantajoso. O que inicialmente parecia constituir uma simples operação de rotina viria a transformar-se numa enorme missão solitária, acabando por envolver Xavier numa luta desigual, marcada pela protecção dos fracos e pela punição dos responsáveis pelo sofrimento humano.

Mas se todas as missões têm um fim em nome de uma "justiça natural", quem é que se consegue salvar?"

Gostei bastante deste livro. Escrito na primeira pessoa, em jeito de diário, descreve a vida e os crimes de um serial killer português. Para além da história, que nos prende desde o início, é verdadeiramente fascinante a forma como o autor descreve e caracteriza psicologicamente a ascensão e declínio de uma mente tão perturbada como a da personagem.

Xavier começa por ter uma vida simples, equilibrada (tanto quanto nos parece), apenas pautada pelos desafios da sua profissão pouco convencional: detective privado. Um dia, aceita o caso de Iva, uma mulher que o procura para conseguir um divórcio vantajoso. E é assim que Xavier inicia a sua missiva, a qual denomina de "Justiça Natural".

À medida que vai executando a "justiça natural" com o apoio das sua "Consciência" (nome que atribui à arma que utiliza) vai conquistando espaço e tempo na comunicação social, que lhe alimenta o ego ao designá-lo por "O Sniper".

A ascenção da sua loucura é muito bem descrita pelo autor, que optando pelo discurso na primeira pessoa consegue desenvolver no leitor uma empatia única com a personagem. Ao longo das páginas do "diário" de Xavier percorremos os caminhos de uma mente perturbada e solitária, e de um corpo que deixa de existir subjugando-se à vontade única de uma obsessão; assistimos ao declínio físico e psicológico da personagem, partilhando da sua alienação.

Brilhante!!!

A compra de hoje


Eu e a minha mania de comprar as edições antigas... Encontrei esta na Livraria Latina, no Porto.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Nobel da Literatura 2008


O escritor francês Jean-Marie Le Clézio, premiado com o Nobel da Literatura, tem traduzidos em Portugal os seguintes títulos: "O Processo de Adão Pollo", "O caçador de tesouros", "Deserto" (considerado a sua obra-prima), "Estrela errante", "Diego e Frida", "Índio branco" A sua obra ultrapassa os 50 títulos.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Romance de Genji - II volume

Já saiu o segundo volume do Romance de Genji. Este é bem mais fininho que o primeiro volume - só tem 424 páginas. A editora é a Relógio d'Água. Escusado será dizer que vai para a minha lista de livros a comprar.

domingo, 5 de outubro de 2008

"O Clube de Macau" - Pedro G. Rosado

"Macau, 1984: um juiz (o futuro procurador-geral da República), três polícias, um médico e um apresentador da televisão formam um bordel secreto a que chamam Clube de Macau, recorrendo a adolescentes chinesas dispostas a pagar o preço mais elevado para fugirem da China para o Ocidente. Quando uma delas é assassinada, o Clube de Macau dissolve-se.

Mas vinte anos mais tarde, em Lisboa, os antigos membros voltam a encontrar-se quando o procurador-geral pretende candidatar-se à Presidência da República. A ambição cruza-se então com o escândalo de pedofilia, e, desta vez, não é o prazer que espera os antigos membros do Clube de Macau, mas uma guerra sem tréguas.

Inspirado pelo Processo Casa Pia, O Clube de Macau é o terceiro romance de Pedro G. Rosado sobre os submundos da realidade portuguesa, depois de Crimes Solitários e de Ulianov e o Diabo, completando a trilogia O Estado do Crime."

Este é o terceiro livro de Pedro Rosado que leio e foi o que mais me impressionou. Não que contenha descrições impressionantes ou chocantes, mas sim pela história que conta.

Tudo começa em Macau, onde um grupo de amigos (um juiz, três polícias, um médico e um apresentador de televisão) decidem criar o seu próprio bordel, a que chamam Clube de Macau. Para "abastecerem" o bordel, recorrem a um traficante de armas, droga e mulheres, que lhes traz as raparigas, todas menores, a troco de promessas de uma vida no Ocidente.

Um dos fundadores do Clube, o então polícia Carlos Vasques, estabelece uma relação mais próxima com uma dessas raparigas, Li Huei, e esta afasta-se do Clube. No entanto, Carlos Vasques permite que ela continue a receber um outro membro do Clube, apesar de saber que o filho de Li Huei é também seu filho. Esta relação entre o português e a menor chinesa incomoda os outros membros do Clube de Macau pois trai a sua base.

Um dia Li Huei aparece morta, assassinada. Carlos Vasques encontra o seu corpo, sem vida, na casa onde a visita e sai, levando consigo o seu filho. A partir desse dia, todos os membros do Clube de Macau regressam a Portugal, deixando para trás o passado e muitas dúvidas.

Vinte anos depois, o Clube de Macau parece ressuscitar na memória daqueles que o queriam esquecer. Carlos Vasques é dono de uma empresa de segurança, tendo como principal actividade a segurança pessoal de empresários. Um dos seus clientes, contacta-o, oferecendo-lhe bastante dinheiro pelo trabalho que lhe propõe: o procurador-geral da República é candidato à Presidência da República e Vasques terá de impedir a sua candidatura. Para convencer Carlos a aceitar o trabalho, o seu cliente entrega-lhe duas fotografias que o fazem reviver fantasmas que há muito tenta esquecer. Nessas fotografias está Carlos de Sousa Ribeiro (o procurador-geral e fundador do Clube de Macau) em actos sexuais explícitos com um rapaz, que aparenta ser menor de idade. Mas não é o acto que a fotografia revela que mais enfurece Carlos Vasques, mas sim o rosto do rapaz, que lhe faz lembrar o de Li Huei. Poderá ser o seu filho? O filho que ele deixou à porta do Colégio da Beneficiência, colégio que mais tarde viria a ser o centro do escândalo de pedofilia que originou o tão conhecido "Processo da Beneficiência", conduzido de forma exemplar pelo procurador-geral da República Carlos de Sousa Ribeiro?

E assim começa uma cruzada de vingança, em que o passado se transporta para o presente e onde não há inocentes.

A história relatada no livro é assustadora, e deixa-nos a pensar sobre a forma como interesses tão horripilantes são camuflados à sombra daqueles que os deviam denunciar e lutar pela condenação dos envolvidos. Mas quererá alguém lutar pela sua própria condenação?

Uma história que nos arrepia, principalmente quando pensamos que um caso semelhante, e que inspirou o autor, ainda está por resolver.

Alterações dos preços FNAC - II



Como não gosto de ficar com dúvidas e me parecia existir alguma discrepância entre o publicado na comunicação social e o praticado nas livrarias FNAC, hoje dirigi-me a uma das suas lojas, colocando as minhas questões.

A situação dos preços FNAC é a seguinte:

  • a nova política de preços só entra em vigor no mês de Novembro. Durante o mês de Outubro tudo se mantém inalterado.
  • a partir de Novembro o preço FNAC (com 10% de desconto sobre o preço de editor) passa a ser válido apenas para aderentes do Cartão FNAC. Com isto, a FNAC pretende beneficiar os aderentes de cartão, independentemente da forma de pagamento, ou seja, beneficia do desconto quem seja titular do cartão FNAC, mesmo que não efectue o pagamento com ele (desde que o apresente no acto da compra). De acordo com a funcionária que me prestou este esclarecimento, o desconto pretende beneficiar o portador do cartão e não a compra com o cartão, ou seja o crédito. Parece-me bem.

Assim, quem não é aderente, aproveite este mês de Outubro para fazer algumas compras (quem sabe, comprar já algumas das prendas de Natal?!), ou então, aderir ao cartão para continuar a beneficiar dos 10% de desconto.

Na verdade, também alguns hipermercados, apresentam o desconto de "10% sobre o preço de capa", mas também é verdade que não têm a diversidade da FNAC (apesar de serem livros com grande rotação, não se pode comparar uma FNAC ao espaço de livraria dos hipermercados). E, a meu ver, existe uma outra vantagem das livrarias FNAC, que é a possibilidade de ler, mexer, folhear os livros. E acreditem, é um bom incentivo à compra.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dinis Machado 1930 - 2008

Acontece, não raras vezes, ouvir-se falar das pessoas quando estas estão no final da sua vida. Parece ter sido o que aconteceu com Dinis Machado (para muitos conhecido, por muito tempo, apenas pelo pseudónimo Dennis McShade), autor de vários livros entre os quais se destaca "O que diz Molero" e os policiais "Mão direita do Diabo", "Requiem para D. Quixote" e "Mulher e Arma com Guitarra Espanhola" que estão agora a ser reeditados pela Assírio & Alvim.

Faleceu hoje, aos 78 anos de idade.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Alterações dos preços FNAC


A partir de hoje, os livros na FNAC estão mais caros. Quer dizer, estão mais caros para quem não tem Cartão FNAC. Eu explico: a FNAC passa, desde hoje, a aplicar os 10% de desconto apenas a aderentes do cartão FNAC e não a todos os livros vendidos, como até agora. Assim, falar em preço FNAC já não tem sentido. Ainda bem que sou aderente do Cartão!


Veja a notícia aqui

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"O Bom Nome" - Jhumpa Lahiri

"O Bom Nome" é um livro sobre a vida de uma família indiana nos Estados Unidos da América. Ashima Ganguli, uma jovem indiana de 19 anos, conheceu aquele que seria o seu marido, num encontro proporcionado pelos seus pais. Só depois do pedido de casamento é que ficou a saber o nome do seu noivo - Ashoke.

Ashoke é professor universitário e após o seu casamento partem para os Estados Unidos da América, onde Ashima assume o papel de mulher dedicada, onde aprende a conhecer e a amaro seu marido e onde vai ser mãe.

Aquando o nascimento do primeiro filho do casal, estes aguardam uma carta de familiares que contém o nome da criança - o seu Bom Nome - seguindo a tradição cultural indiana. No entanto, a carta teima em não chegar e os pais decidem atribuir ao rapaz uma alcunha familiar (outro costume indiano), nome pelo qual será tratado no seio familiar e pelos amigos. O nome escolhido é Gogol, em homenagem ao escritor russo Nikolai Gogol, com o qual Ashoke tem uma forte relação, enquanto leitor, devido a uma vivência traumática da sua vida.

A carta com o Bom Nome de Gogol nunca chega e os seus pais são confrontados com situações diárias nas quais têm de colocar o nome do filho e assim a alcunha familiar passa a ser o nome oficial - Gogol Ganguli.

Com a entrada de Gogol para a escola, os pais decidem que ele tem de ter, definitivamente, um Bom Nome, e escolhem Nikhil. No entanto, o filho, habituado a ser chamado de Gogol, recusa o novo nome e assim Gogol assume-se como o seu único nome.

Gogol cresce e torna-se num jovem algo introvertido, que rejeita as tradições indianas que os pais teimam em manter, tais como os saris da mãe, as festas e os amigos indianos dos pais. Considera tudo patético, até o seu nome. E é nessa sua fase de rejeição das origens culturais da família que decide mudar de nome, assumindo-se definitivamente Nikhil.

O livro conta de uma forma muito agradável a vida deste jovem, e da sua família, num país estranho para os seus pais, mas que é o seu país, onde tem de crescer numa duplicidade de culturas, rituais, tradições e costumes. É a história de Gogol, que apesar de amar a sua família, se sente sufocado por ela e pela sua história, procurando encontrar-se. Esta busca de si próprio leva-o a fases em que quase rejeita a sua origem, sentindo vergonha da família que se mantém fiel as suas raízes.

Vai ser nas relações amorosas que estabelece e, principalmente, com a morte inesperada do pai, que Gogol vai crescendo, ora negando, ora aproximando-se da sua origem, acabando por se encontrar na leitura de um livro, há muito esquecido, um presente de seu pai.

É uma história plena de emoções e sentimentos, mas que o consegue ser de uma forma realista e não lamechas ou "cor-de-rosa". Faz pensar em quem somos, nas nossas raízes e que, apesar de indivíduos únicos, tranportamos connosco uma herança muito maior que um código genético - transportamos cultura, tradições, costumes, aprendizagens do que somos, que não podemos negar.

Gostei.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"O Romance de Genji" - Murasaki Shikibu

Hoje tive uma surpresa: o meu marido ofereceu-me este livro.
Este é o primeiro volume de "O Romance de Genji", um clássico da literatura japonesa. São 33 capítulos, 838 páginas, que me parecem fascinantes.


Na introdução pode-se ler:


"O tema central do enredo é a luta de Genji, um resplandecente príncipe, filho do imperador, para recuperar os direitos derivados do seu nascimento, mas são as aventuras amorosas do herói o principal fio condutor da novela. Numa sociedade em que a poligamia era uma prática comum entre os homens de condição elevada, Genji ora seduz, ora se deixa seduzir, sem nunca se deter diante das contrariedades ou das intrigas palacianas, a ponto do seu destino parecer sucessivamente traçado por um único e grande vício: uma paixão excessiva pelas mulheres. Mas as suas indecisões e contradições, todas as conquistas irresponsáveis, infidelidades e traições não fazem dele, como notou e bem Harold Bloom, um Don Juan ou um Casanova. O universo de Genji é orquestrado por relações que desafiam a maior parte das concepções ocidentais sobre o amor, o casamento, o erotismo, a paixão e o desejo, compondo uma obra que é também a descrição minuciosa de uma época e de uma cultura, temporal e geograficamente distantes."


Quando o ler darei a minha opinião.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Estranha Forma de Vida" - Carlos Ademar

" Numa noite fria de Outubro o porteiro da discoteca Pomme Rouge é assassinado quando se dirige para o emprego. Os autores do crime são membros de um grupo violento que disputa a liderança da segurança dos espaços de diversão nocturna lisboeta. Agridem, roubam, sequestram, torturam, ganham poder e, principalmente, muito dinheiro.


Quando o inspector Alves da Polícia Judiciária começa a investigar estava longe de imaginar que o caso envolvia alguns políticos que trocam a dignidade por muito pouco, que um traficante de armas enriquecia vertiginosamente ou que um advogado deambulava pelos bares homossexuais da cidade promovendo as «festas brancas» ou o «quarto escuro».


Ao mesmo tempo, raparigas chegam da sua terra natal, percorrendo milhares de quilómetros para se despir num palco e vender o corpo, enquanto membros da máfia russa desaparecem misteriosamente. A cada momento as autoridades policiais estão prontas a deitar a mão a quem desafia a autoridade do Estado. Mas estará a Justiça preparada para combater uma criminalidade violenta e organizada? Não terá a própria Justiça uma estranha forma de vida?"


Este é o terceiro livro do autor, Carlor Ademar, que leio e mais uma vez, a terceira, gostei muito. Conta a história de Alberto Lima, um rapaz pequeno agredido pelos colegas que se transforma no homem mais temível das noites lisboetas. Ex-operacional da PSP, Alberto Lima está ligado a tudo o que é ilegal: tráfico de droga, tráfico de mulheres, tráfico de armas, corrupção, tráfico de influências, suborno, sequestros, torturas, assaltos, ...


Uma história que nos mostra um lado desconhecido da cidade, que apesar de o autor alertar para o facto de que todos os acontecimentos e personagens do seu livro são fruto da sua imaginação, ficamos com a clara impressão de que são muito mais que isso.


É um livro arrepiante por aquilo que conta e pelo final, frio e realista, que demonstra que nem sempre a Justiça faz honra ao seu nome.
Um livro que nos faz pensar e nos arrepia pelo realismo com que narra a crueldade esta "Estranha forma de Vida".


Recomendo vivamente.

sábado, 13 de setembro de 2008

Manuel de Oliveira em Serralves


Desde Julho que decorre no Museu de Serralves, uma exposição dedicada a Manuel de Oliveira e amanhã terá início o ciclo de cinema do cineasta. Será que é desta vez que consigo rever alguns dos filmes de Manuel de Oliveira, como "O Convento" , "Vale Abraão" ou "Francisca"? Espero que sim.


Confesso que ainda não fui ver a exposição porque quero fazê-lo no dia 5 de Outubro,às 18h30, na visita guiada por Luís Miguel Cintra.


Aqui fica o link para a página do Museu de Serralves:

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O blogue "Jornal a Dias" mudou de instalações para "Vôo das Palavras".

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

"A mulher da minha vida" - António Garcia Barreto

"A mulher da minha vida" é um romance brilhante. Adorei! Uma escrita simples mas cuidada e uma história envolvente são os ingredientes principais desta obra. E, confesso, adoro a capa!

Eneias Trindade é polícia de investigação criminal, na Lisboa dos anos 30, onde despertam os temores das perseguições políticas e da Polícia de Informação.
Aos 35 anos, é um homem solitário, que apesar da relação que mantém com Gina, funcionária dos Armazéns do Chiado, continua apaixonado por Rosarinho, "a mulher da sua vida". É um polícia dedicado, de fortes convicções e com um elevado sentido de justiça e rectidão, que não se vende aos interesses alheios.

A sua forte personalidade vai contrastar com os interesses do seu chefe, o inspector Semedo, quando lhe é entregue o caso da queda de um aeroplano em Sintra. À medida que avança na investigação, vai descobrindo indícios que o levam no caminho do crime e não de um acidente. No entanto, o mesmo chefe que lhe distribuiu o caso, ordena-lhe para que pare com as investigações, ordem a que Eneias Trindade não obedece. Como consequência vê-se perseguido, os seus amigos e familiares são incomodados pela Polícia de Informação, acabando por se demitir da Polícia evitando ser "transferido" para África. Inicia então, uma nova fase da sua vida, começando a trabalhar como detective privado, e podendo assim, dar continuidade às suas investigações sobre o caso do aeroplano.

Será que a sua persistência dará frutos? Poderá a mulher da sua vida alguma vez voltar?
Considero que a personagem de Eneias Trindade está muito bem conseguida, tendo força suficiente para dar continuidade às suas histórias, noutros romances.

Ao autor, António Garcia Barreto, dou os meus parabéns pela obra, que não me desiludiu, bem pelo contrário!

Deixo aqui a sinopse deste livro:

"Eneias Trindade, chefe de brigada da Polícia Criminal, é nomeado para investigar as causas da queda de um aeroplano numas arribas a norte das Azenhas do Mar. Um caso que irá mudar para sempre a sua vida.

Após um artigo do Repórter X, no Heraldo de Lisboa, que levantava suspeitas sobre a queda do avião, o que parecia ser um acidente aeronáutco sem história acaba por se tornar um complicado caso de polícia.

Decidido a descobrir a verdade, Eneias Trindade vê-se envolvido em perigosos jogos de poder e perseguições políticas, manobradas pela hierarquia da Polícia. Após várias tentativas de se silenciar o caso, Eneias passa por uma série de atribulações que o levam a demitir-se da Polícia. Decide mudar de vida tornando-se detective privado. Mas não se afasta do mistério que envolve a queda do avião e da esperança de reencontrar o grande amor da sua vida.

O retrato de uma Lisboa popular e boémia à beira de se tornar uma cidade dominada pelo medo. A instalação da ditadura, as pereguições políticas e o conservadorismo de sacristia mudam as cores da capital.

Um mistério por resolver, um amor perdido e a mudança de vida de um homem num período de transição política da nossa História.

Haverá lugar para um final feliz?"

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