terça-feira, 29 de setembro de 2009

Hoje na caixa de correio

Hoje, quando cheguei a casa tinha este "presente" na caixa de correio - a compra do Círculo de Leitores deste mês.

Já tenho três livros desta autora em lista de espera!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Que bem que faz um doce!


Depois de 13 horas de trabalho, cansada e com dores, só desejava tomar um bom banho e deitar-me. Mas vim ver as novidades e eis que me deparo com este mimo.

Obrigada CHOCOLATE PARA A ALMA. Estava mesmo a precisar de um mimo.

Regras:

1 - Agradecer ao blogue que ofereceu o selinho - Já está!

2 - Indicar nove blogues para receber o selinho:

3 - Indicar nove características minhas:
  • Refilona
  • Não conformista
  • Organizada
  • Conversadora
  • Honesta
  • Directa
  • Frontal
  • Atenta
  • Mau feitio

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"L. Ville" - Fernando Sobral

Sinopse:

"Onde acaba uma Lisboa e começa outra, só os grandes anúncios publicitários transmitem a ideia de uma cidade feliz. E o detective Manuel da Rosa sabe isso. A sua rotina de viagens nocturnas pela cidade termina quando um comerciante de arte, Ernesto Ávila, aparece morto. Enquanto vai descobrindo uma Lisboa de aromas e culturas diferentes, o detective vai também conhecendo melhor o misterioso passado do morto, um homem que não gostava de ser conhecido. O que o leva a recordar-se de um tempo em que ele próprio tentava esquecer a sua identidade. E a pensar na sua relação com Ana Moreno. Tudo se complica com a chegada de uma personagem fascinante e enigmática, Susana Wong. Ela pode ser a explicação de tudo. Até da razão porque é cada vez mais difícil saber onde está a verdade e onde está a mentira."

Este livro chamou-me à atenção pela capa. Fora do habitual para um autor português. Mas a verdade é que as capas dos livros da Quetzal são mesmo assim, diferentes, chamativas, bonitas.

A história é fantástica. Um polícia que procura descobrir um assassino. E agora pensam vocês: o que é que isto tem de fantástico? É mais um policial típico.. Mas não, não é o policial típico, nem o habitual dos bons contra os maus. É uma história que nos surpreende, precisamente porque não há bons nem maus. Todos têm os dois lados de uma existência assente na sobrevivência.

É um livro surpreendente, quer pela estrutura da narrativa, quer pelas personagens que se vão revelando.

Num tom de balada, Fernando Sobral conta-nos as histórias da noite de uma Lisboa bem real, mas nem sempre conhecida, onde os aromas do Oriente se misturam com as músicas africanas, onde armas, droga, caril e música co-habitam tendo como fundo os grafitis daqueles que desejam ser anónimos na sua manifestação.

Gostei !

sábado, 12 de setembro de 2009

Comunicado a imprensa da editora Guerra e Paz

«A Guerra e Paz Editores foi hoje notificada pelos tribunais da proibição da venda do livro Maddie, a Verdade da Mentira e da proibição de contratar com editores estrangeiros a cedência dos direitos de edição do livro de Gonçalo Amaral para outros países, da proibição de citar, analisar, comentar partes do livro e da proibição de reproduzir, comentar, opinar ou dar entrevista sobre determinada tese contida no livro.

Como empresa editora, a Guerra e Paz considera ser, acima de tudo, um veículo de comunicação, cabendo-lhe alargar, com os livros que publica, o debate público e a diversidade de ideias, por forma a enriquecer um público adulto que é (ou devia ser) soberano e livre de ler o que bem entenda e de, sobre esses ou com esses livros, formar a sua opinião.

Por essa razão, a Guerra e Paz Editores entende que as proibições agora decretadas pelo Tribunal são atentatórias da liberdade de expressão e da liberdade contratual, ferindo os direitos mais elementares consagrados na Constituição Portuguesa.

Pelo momento em que as proibições são anunciadas – mais de um ano depois da publicação – e pela amplitude das mesmas, alargando o âmbito da aplicação a todo o mundo, esta proibição é injustificada e discutível, merecendo a mais completa discordância moral da Guerra e Paz. Só o respeito pelas instituições e a nossa vontade de contribuir para o seu prestígio, nos leva a acatar esta proibição arbitrária que contestaremos nos tribunais portugueses e, se necessário, em instâncias supra-nacionais.

Queremos, por fim, deixar aqui uma palavra solidária ao nosso autor, Gonçalo Amaral, por ser sujeito à violação de um dos exercícios fundamentais da vida humana, o do direito de livre expressão, proibição que não honra o país em que nasceu.

A Administração da Guerra e Paz Editores»

Eu assino por baixo!

"A Solidão dos Números Primos" - Paolo Giordano

Sinopse:

"O pai de Alice obriga-a a frequentar aulas de esqui, para provar que é forte e competitiva. Ela odeia esquiar. A manhã está coberta de nevoeiro, não lhe apetece ir, ainda sente o peso do leite matinal no estômago. No teleférico, descuida-se e faz chichi. Humilhada, tenta esquiar rapidamente colina abaixo, mas sai da pista e parte uma perna. Deixa-se ficar, imóvel na neve, a pensar que vai morrer. Não morre, mas fica coxa para o resto da vida.

Mattia é um rapaz muito inteligente que tem uma irmã deficiente mental, Michela, cuja presença constante afasta potenciais amigos. Quando um colega os convida para uma festa, Mattia deixa a irmã num banco de jardim, dizendo-lhe que espere ali por ele. Mas quando regressa não a encontra. Michela desapareceu para sempre.

Histórias de vidas separadas. Como os números primos.

Os números primos são números inteiros divisíveis por eles mesmos e pela unidade. São por isso, números solitários e suspeitos. Mattia e Alice são assim. Dois seres sós e perdidos, próximos, mas não o suficiente para se encontrarem totalmente."

Fantástico. Um livro brilhante, muito bem escrito, de uma profundidade tocante. Paolo Giordano, revela neste seu primeiro livro, uma maturidade espantosa.

Alice e Mattia são duas crianças que se esforçam por uma infância normal. Alice tem um pai dominador, que a quer forte e resistente e para tal obriga-a a frequentar aulas de esqui, o que ela detesta. Mattia, procura ter amigos e poder brincar se forma livre, mas a irmã gémea, deficiente mental, impede essa normalidade, pois está sempre presente e a requerer a constante atenção e cuidados do irmão.

Alice tem um acidente e fica coxa para sempre. Desde então ganha uma aversão à comida e obsessão pelo seu corpo. A sua revolta é dirigida ao pai, que constantemente desafia e confronta.

Mattia volta de uma festa e não encontra a irmã no banco de jardim onde a deixou, para poder disfrutar plenamente da primeira festa para a qual fora convidado. Procura-a, mas as suas buscas são em vão. É encontrado à beira de um rio, a fazer inúmeros cortes nas suas mãos.

Ao longo do livro, acompanhamos as duas personagens num período compreendido entre 1983 e 2007.

Mattia e Alice são dois jovens solitários, ela numa procura constante de aceitação pelos outros e pelo seu corpo, e ele fechado numa concha, onde não permite que os outros entrem, encondendo as suas mãos mutiladas. As suas vidas cruzam-se e nasce entre eles uma relação de complicidade única, em que cada um continua a viver a sua solidão sem dela falar. No entanto é precisamente a proximidade de sentimentos e a cumplicidade que os une, os responsáveis pelo seu afastamento.

Uma história que relata o sofrimento de dois jovens. Uma história que está bem próximo daquilo que se passa tantas vezes na realidade, e que, tal como no livro, passa despercebida. Dois jovens que enviam sinais de pedidos de ajuda, mas que encontram o seu eco um no outro. A realidade e o sofrimento de quem vive com a anorexia e a auto-mutilação são exploradas de uma forma brilhante e intensa neste livro.

O leitor é conduzido para as vidas das personagens até que se sente tão próximo, que consegue vivenciar a tensão presente em todo o livro.

E não podia deixar de falar da capa: a sedução deste livro começa logo aí. Um rosto jovem, anónimo, que nos olha e cativa. Um olhar que nos seduz, mas que ao mesmo tempo nos faz sentir a urgência de um apelo. Um olhar que nos faz abrir o livro e não parar até ao fim.

Recomendo sem qualquer dúvida!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Proibida venda de livro de Gonçalo Amaral

Estou indignada, estupefacta, revoltada, irritada, enfim estou mesmo com o mau feitio. E a culpa é desta notícia, publicada no semanário SOL:

"A 13ª Vara Cível de Lisboa deferiu hoje a providência cautelar apresentada pelo casal McCann, pais de Maddie – desaparecida na praia da Luz em Maio de 2007 – no sentido de proibir a venda do livro de Gonçalo Amaral, ex-inspector da Polícia Judiciária, que defende a tese de que seriam os pais os responsáveis pelo desaparecimento e morte da criança.

O livro Maddie – A Verdade da Mentira não pode ser vendido a partir de hoje, e todos os exemplares que haja em banca ou armazém deverão ser recolhidos. O tribunal decidiu também acolher o pedido do casal McCann de proibir a distribuição do filme com base no mesmo livro, que chegou a ser exibido pela TVI. O tribunal intima a Valentim de Carvalho e a Guerra e Paz a recolherem todos os livros que ainda tenham para venda nas livrarias, proibindo-as de cederem para outros países os direitos de exibição do vídeo e de venda do livro. Segundo a mesma decisão, as editoras não podem publicar estes ou outros livros ou vídeos que defendam a mesma tese. Por fim, proíbe Gonçalo Amaral de fazer declarações sobre o conteúdo do livro ou do vídeo."

Para quem ainda tinha dúvidas, passo a esclarecer: isto É CENSURA!!! De expressão, de investigação, de liberdade de imprensa, de opinião, ...

Socorro!!!! Alguém viu a liberdade a passar por aí?


P.S.: Se calhar é melhor dizer isto baixinho (não vão eles encerrar-me o blogue), mas podem ler a minha opinião sobre este livro aqui.



domingo, 6 de setembro de 2009

"O Alfarrabista que mandou falsificar Os Lusíadas" Sérgio Sousa-Rodrigues

Sinopse:

"Um homem, apaixonado por livros e perdido no mundo, decide comprar o que pensa tratar-se de uma primeira edição de Os Lusíadas, descobrindo que a primeira edição era, afinal, duas.

Este livro é o fidedigno relato de Ângelo, que compra com Os Lusíadas um destino trágico.

O amor é a sombra que paira, no céu da sua existência, como uma nuvem negra e sem propósito. A tragédia do orgulho ferido conduzi-lo-á à introspecção. Recordará a vida e terá de descobrir que não pode viver sem amor, mesmo que o tempo tenha sido perdido a rememorar e à espera da liberdade...

Fundamentalmente, O Alfarrabista que mandou falsificar Os Lusíadas é um livro que permite ao leitor percepcionar alguns mistérios dos alfarrábios."


Descobri este livro no Alfarrabista e namorei-o até me decidir pela compra. Por que é que o quis comprar? Não sei bem, mas o título despertou-me a curiosidade.

O Alfarrabista que mandou falsificar Os Lusíadas é isso mesmo - a história de uma falsificação de Os Lusíadas.

Ângelo, um apaixonado por livros decide comprar a primeira edição de Os Lusíadas, e para isso visita o Sr. Ribeiro, o seu alfarrabista de eleição. E assim começa a história de como um livro pode alterar radicalmente a vida de alguém.

Enquanto espera pelo seu livro, Ângelo vive uma série de acontecimentos inesperados: envolve-se com Eva, sua colega de trabalho; reencontra Rita, uma ex-namorada; conhece Júlio, o encadernador anarquista que o leva a conhecer um clube secreto; vê nascer do nada uma amizade com Pedro, brasileiro que encontra na rua à procura de alfarrabistas; chora a morte do Sr. Florêncio, o vizinho padeiro com quem passa as tardes de domingo a falar sobre livros; reencontra César, um amigo de universidade, cuja amizade foi ensombrada por um acontecimento trágico.

Ângelo conta-nos toda a sua vida, numa espécie de diário, enquanto espera pelo seu último dia na prisão.

E tudo começou por que Ângelo comprou a edição de Os Lusíadas e depois decidiu vendê-la.

Um livro pequeno (112 páginas) que se lê de um fôlego. Gostei da história, apesar de ter pena de o mundo dos alfarrabistas não ter sido mais explorado. Mas afinal esta história é a história de Ângelo, que retrospectivamente nos relata acontecimentos que o marcaram e como um livro mudou a sua vida para sempre.

sábado, 5 de setembro de 2009

J'adore tien blog

Este selo foi oferecido pela Sara Inês do blogue A Magia das Palavras.

Muito Obrigada!

As regras são:
  • Postar o selo
  • Premiar outros blogues
  • Dizer 5 coisas que adoro na vida

Cinco coisas que adoro na vida:
  • Chocolate
  • Comida exótica (indiana, chinesa, vietnamita, ...)
  • Livros
  • Os Xutos e Pontapés
  • A minha família (pais, marido, irmã, sobrinhas)

Os escolhidos:


"A Mensageira" - Daniel Silva

Sinopse:

" Gabriel Allon, restaurador de arte e espião, está prestes a enfrentar o maior desafio da sua vida. Um alegado simpatizante da Al-Qaeda é morto em Londres, e no seu computador são encontradas fotografias que levam os serviços secretos israelitas a desconfiar de que a organização terrorista prepara um dos mais arrojados atentados de sempre, no coração do Vaticano.

Allon avisa o seu velho amigo monsenhor Luigi Donati, secretário pessoal do Papa, e parte para Roma, a fim de ajudar na segurança. O que nem ele nem Donati sabem é que o inimigo já se infiltrou no Vaticano. Nas semanas que se seguem, Allon irá travar um mortífero duelo de astúcia contra um dos homens mais perigosos do mundo, que o levará de uma galeria londrina a uma ilha paradisíaca nas Caraíbas, a um isolado vale na Suíça e, por fim, de regresso ao Vaticano. A Allon resta montar uma armadilha e esperar não ser ele a cair nela."

Este é o terceiro livro que leio do autor e mais uma vez fiquei incomodada com o que li.

A história, apesar de simples, prende o leitor desde o início, e envolve-o numa tensão e dramatismo constante. É acima de tudo, uma história de vingança, onde o bem e o mal se cruzam em nome de deuses e "guerras santas".

Após o 11 de Setembro e a morte do namorado num dos aviões envolvidos no ataque terrorista, Sarah ofereceu-se como agente secreta à CIA. No entanto, foi rejeitada. Mas agora, sem o esperar, vê-se envolvida na teia de Gabriel Allon e na sua luta contra o homem que está por detrás do atentado ao Vaticano.

Não vou falar da história em si, pois era contá-la, e é uma boa história que deve ser lida. No entanto, e como já referi, os livros de Daniel Silva incomodam-me pela realidade que retratam, pela intriga política que reveste as relações entre o mundo ocidental e os grupos terroristas islâmicos, pelos inocentes que morrem num jogo económico entre potências que usam o fundamentalismo religioso como arma com o único propósito de servirem os seus egos.

Um bom livro que ajuda a perceber os papéis americanos na luta contra o terrorismo enquanto se alimenta da (e alimenta a) sua existência


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