Autor: Dennis Lehane
Tradutor: Nuno Cotter
Editora: Gótica
Edição: 3.ª Edição
Páginas: 439
Sinopse:
"Os detectives privado de Boston, Patrick Kenzie e Angela Gennaro, são contratados para tentar encontrar Amanda McCready, uma menina de quatro anos, raptada da sua própria casa, sem deixar rasto.
Apesar da vasta cobertura mediática, e da ajuda dos populares chocados com o acontecimento, a investigação policial nada consegue descobrir. Para Kenzie e Gennaro, o caso vai revelando contornos mais complexos do que aparentava ao início: a indiferença da mãe de Amanda, um casal com um historial de pedofilia e uma força policial com intenções muito duvidosas. Enquanto o tempo vei passando, Amanda permanece desaparecida, tão esquecida ao ponto de parecer que nunca chegou a existir.
Quando uma segunda criança desaparece, Kenzie e Gennaro deparam-se com mais dificuldades: uma imprensa mais preocupada em tornar o caso dos raptos num espectáculo mediático sensacionalista, em vez de tentar ajudar a resolvê-lo, resistências por parte da pólícia local e poderes ocultos que tudo fazem para obstruir os seus esforços.
Apanhados numa complexa rede de mentiras, e determinados em desvendar este mistério, Kenzie e Gennaro cedo percebem que todos os que se aproximam da verdade não regressam com vida..."
Opinião:
Gone, Baby, Gone é um policial intenso, com um ritmo alucinante, ao qual é impossível resistir.
A história de Amanda apaixona o leitor, que desaja tanto encontrar a criança como os detectives protagonistas da história.
Amanda é uma criança de quatro anos, que desaparece da sua própria casa. Os seus tios iniciam uma busca determinada para a encontrarem, mas perante a ausência de resultados (e de pistas) contratam o casal de detectives Patrick e Angela. Inicia-se assim, o revelar de uma teia que mais parece um jogo de espelhos, em que tudo o que se vê é um reflexo distorcido do que não se vê.
Vinganças, tráfico de droga, redes de pedofilia, tráfico de armas, polícias corruptos, crianças mal amadas, negligenciadas e um amor que leva às atitudes mais impensáveis, são os ingredientes desta história que não tem um final feliz.
Poderá uma criança ser mais feliz junto dos seus raptores? Será uma mãe, distante, fria e ausente, a melhor opção para uma criança que pode ser amada apesar de longe da progenitora?
Uma história que prende o leitor desde a primeira à última página, mas que nos deixa uma certa angústia no final. Não é um final feliz, mas sim um final tantas vezes real, tantas vezes tão próximo...
Prós:
O ritmo da narrativa. A história muito bem imaginada, as personagens cujas emoções são muito reais. As descrições muito conematográficas fazem com que o leitor consiga visualizar e quase que viver o descrito.
Contras:
Alguns erros ortográficos.