domingo, 28 de fevereiro de 2010

"Gone, Baby, Gone" - Dennis Lehane

Título: Gone, Baby, Gone
Autor: Dennis Lehane
Tradutor: Nuno Cotter
Editora: Gótica
Edição: 3.ª Edição
Páginas: 439

Sinopse:

"Os detectives privado de Boston, Patrick Kenzie e Angela Gennaro, são contratados para tentar encontrar Amanda McCready, uma menina de quatro anos, raptada da sua própria casa, sem deixar rasto.
Apesar da vasta cobertura mediática, e da ajuda dos populares chocados com o acontecimento, a investigação policial nada consegue descobrir. Para Kenzie e Gennaro, o caso vai revelando contornos mais complexos do que aparentava ao início: a indiferença da mãe de Amanda, um casal com um historial de pedofilia e uma força policial com intenções muito duvidosas. Enquanto o tempo vei passando, Amanda permanece desaparecida, tão esquecida ao ponto de parecer que nunca chegou a existir.
Quando uma segunda criança desaparece, Kenzie e Gennaro deparam-se com mais dificuldades: uma imprensa mais preocupada em tornar o caso dos raptos num espectáculo mediático sensacionalista, em vez de tentar ajudar a resolvê-lo, resistências por parte da pólícia local e poderes ocultos que tudo fazem para obstruir os seus esforços.
Apanhados numa complexa rede de mentiras, e determinados em desvendar este mistério, Kenzie e Gennaro cedo percebem que todos os que se aproximam da verdade não regressam com vida..."


Opinião:
Gone, Baby, Gone é um policial intenso, com um ritmo alucinante, ao qual é impossível resistir.
A história de Amanda apaixona o leitor, que desaja tanto encontrar a criança como os detectives protagonistas da história.
Amanda é uma criança de quatro anos, que desaparece da sua própria casa. Os seus tios iniciam uma busca determinada para a encontrarem, mas perante a ausência de resultados (e de pistas) contratam o casal de detectives Patrick e Angela. Inicia-se assim, o revelar de uma teia que mais parece um jogo de espelhos, em que tudo o que se vê é um reflexo distorcido do que não se vê.
Vinganças, tráfico de droga, redes de pedofilia, tráfico de armas, polícias corruptos, crianças mal amadas, negligenciadas e um amor que leva às atitudes mais impensáveis, são os ingredientes desta história que não tem um final feliz.
Poderá uma criança ser mais feliz junto dos seus raptores? Será uma mãe, distante, fria e ausente, a melhor opção para uma criança que pode ser amada apesar de longe da progenitora?
Uma história que prende o leitor desde a primeira à última página, mas que nos deixa uma certa angústia no final. Não é um final feliz, mas sim um final tantas vezes real, tantas vezes tão próximo...


Prós:
O ritmo da narrativa. A história muito bem imaginada, as personagens cujas emoções são muito reais. As descrições muito conematográficas fazem com que o leitor consiga visualizar e quase que viver o descrito.

Contras:
Alguns erros ortográficos.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

"Deambulações Fantásticas" - Hermann Hesse

Titulo: Deambulações Fantásticas
Autor: Hermann Hesse
Tradutor: Paulo Rêgo
Editora: Difel
Edição: Junho 2003
Páginas: 105

Sinopse:
"Johannes, o compositor, lamenta a tragédia dos maus tratos sofridos pela língua. O narrador ensaia uma exposição sumária da sua vida, donde ressalta a obsessão acalentada desde tenra idade de se tornar escritor.
Edmind explora os significados ocultos dos tantras indianos, defendendo posições distintas das do seu professor. São fornecidas, em tom de paródia, algumas achegas para a história cultural da Suábia natal de Hesse.
Por fim, algo mais acerca do Lobo das Estepes.
Cinco deambulações, sempre fantásticas."

Opinião:
Tinha este livro já há alguns anos na prateleira. Esta semana decidi lê-lo. Confirma-se o que já sabia: contos não são, de todo, o meu estilo.

Este livro é composto por cinco curtos contos, que terminam de uma forma fantástica ou irreal. Não vou falar dos contos, pois isso implicaria contá-los, mas considero-os engraçados, em especial o primeiro e o último.

O que mais me cativou foi a escrita de Hermann Hesse, que já conhecia da sua brilhante obra "Siddartha" - uma escrita brilhante, muito bem cobstruída, nem sempre fácil, mas de uma beleza única.

Prós:
A escrita maravilhosa.

Contras:
Nada a assinalar.

"Fúria Divina" - José Rodrigues dos Santos

Título: Fúria Divina
Autor: José Rodrigues dos Santos
Editora: Gradiva
Edição: 1.ª Edição - Outubro 2009
Páginas: 583

Sinopse:
"Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o hostoriador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra.

Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo profesor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo.

E se a Al-Qaeda tem a bomba atómica?

Baseando-se em informações verídicas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra surpreendente como o mestre dos grandes temas contemporâneos. Mais do que um empolgante romance, Fúria Divina é um impressionante guia que nos orienta pelo labirinto do mundo e nos revela os tempos em que vivemos."

Opinião:

Comecei a ler este livro esperando algo do género de A Fórmula de Deus, com muita acção. Não foi o que encontrei. Neste livro de José Rodrigues dos Santos, a acção fica secundarizada pela lição de história islâmica.

Gostei bastante do livro. Penso que a intenção do autor era dar a conhecer o pensamento radical islâmico, o que conseguiu de forma muito clara.

A história de Ahmed é a história de outros tantos Ahmeds, criados para servir um pensamento radical, fundamentalista, assente emprincípios de obediência e servidão religiosos.

Ao longo da narrativa, somos levados a olhar para o islão com os olhos dos islâmicos, de uma forma tão clara que nos arrepiamos em muitas das passagens descritas.

Confesso que é assustador aquilo que o livro nos dá a onhecer, apesar de já não ser algo desconhecido. No entanto, quando fechamos a última página ficamos a pensar: como é que é possível?

Tal como já escrevi, nesta obra a acção é secundarizada, mas a mim agradou-me bastante; fala de um tema sobre o qual tenho imensa curiosidade (até já li uma grande parte do Alcorão, há alguns anos) ao mesmo tempo que me assusta o que se pode fazer em nome da religião.

Terminei livro com uma sensação de insegurança, apreensão e com uma certeza: o Homem é a grande ameaça da Humanidade.

Prós:
A escrita simples e absorvente a que José Rodrigues dos Santos já nos habituou. A lição sobre o Islão. A forma como o autor nos consegue fazer ver o fundamentalismo islâmico através do "olhar" dos próprios fundamentalistas.

Contras:
Algumas das explicações do Alcorão e da história islâmica são longas, o que pode desmotivar um pouco quem esteja à procura de uma leitura plena de acção.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Rosa Lobato Faria



Morreu Rosa Lobato Faria, com 77 anos, vítima de uma anemia grave.
Uma grande perda para a cultura portuguesa. Uma grande Senhora que nos deixa.
Há muito que ando com vontade de ler um dos livros desta escritora "As Esquinas do Tempo". Ainda não li, e tenho pena de não o ter feito em vida da sua autora.

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