Patricia Cornwell faz parte daquelas escritoras que desenvolve uma personagem comum aos seus romances e com a qual o leitor estabelece uma relação de cumplicidade. No seu caso, a personagem é a médica legista Kay Scarpetta, uma mulher profissional, mas que num meio de homens ainda é vista como o elo mais fraco.
A história deste livro gira em torno do assassínio de cinco mulheres que aparentemente nada tinham em comum, para além de terem encontrado a morte prematura e sadicamente nas mãos e fantasias de um assassino cruel.
Deixo aqui a sinopse:
«"Mas estas mulheres assassinadas eram as colegas do lado de quem nos sentamos no trabalho, a amiga que se convida para ir às compras ou para vir tomar uma bebida. Eram vizinhas de alguém, irmãs de alguém, filhas de alguém, amantes de alguém." Atrozmente violentadas, num espasmo de horror sádico, perverso, em seus próprios quartos. Ele parece atacar ao acaso, sempre nas primeiras horas das manhãs de sábado, com uma crueldade que se torna, a cada novo crime, mais abjecta; sem um modelo definido que ajude Kay Scarpetta, detectice, ligada ao FBI, a reunir as provas forenses de que necessita para ajudar a polícia. A realidade crua da investigação policial exposta perante o leitor, numa descrição de irrepreensível rigor técnico, que não se compadece com paliativos, que é estrangeira à morbidez frívola e bacoca. Um primeiro romance, fascinante, diabolicamente inteligente, agitado pelas ondas convulsivas de um suspense que se contrai numa tensão quase hipnótica. Post-Mortem, que inicia uma série de romances policiais que se tornaram bestsellers internacionais, foi o único a receber num só ano os prémios Edgar, Anthony e MacAvity, o Crime Writer's Association John Creasey 1990 e ainda o Prix du Roman d'Aventures 1992. Muito aclamada pelo público e pela crítica, Patricia Cornwell é, sem dúvida, uma das mais bem sucedidas escritoras de thrillers do mundo.»
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