domingo, 31 de maio de 2009
Final de tarde com o Zé Pedro
quinta-feira, 28 de maio de 2009
"A Cidade sem Tristeza" - Anosh Irani

Chamdi luta pela sobrevivência na dureza das ruas. Porém, quando é apanhado pelo rebentar da violência selvagem que rapidamente submerge a cidade, os seus sonhos confrontam-se com a realidade e Chamdi descobre que está a crescer muito depressa.
Comovente e cheio dos panoramas e sons de Bombaim, A Cidade sem Tristeza é uma história de leitura obrigatória sobre as esperanças, os sonhos e as fragilidades da inocência da infância."
Lindo! Gostei muito. Este livro é uma história diferente, que não acaba nem bem nem mal, acaba com aquilo que pode ser um novo princípio.
Chamdi sempre viveu num orfanato, mas sonha conhecer os seus pais. Um dia, levando consigo a peça de roupa manchada de sangue com que foi deixado à porta do orfanato, sai para as ruas de Bombaim, à procura do pai.
Não encontra o pai, mas encontra Shumdi e Guddi, dois irmãos, duas crianças como ele. Shumdi e Guddi planeiam assaltar o templo da rua onde vivem para poderem fugir com o dinheiro das esmolas e sairem assim da exploração de que são vítimas... e Chamdi é o escolhido para levarem avante o seu plano.
No entanto o plano não chega a concretizar-se pois algo de terrível acontece...
Esta é a história de três crianças de rua de Bombaim, usadas e exploradas por adultos sem escrúpulos. É uma história triste, cruel, mas de uma beleza inexplicável, que o autor relata de forma quase poética.
Um livro que se lê com o coração!
Acabadinho de chegar

domingo, 24 de maio de 2009
"O Jantar é às Oito" - Dick Haskins

Este é o décimo oitavo romance escrito por Dick Haskins, e mais uma vez não me arrependo de o ter começao a ler.
Dick Haskins, ao aceitar o convite de Linda Haynes para jantar, às oito, já esperava uma aventura... Mas estava muito longe de imaginar o tipo de aventura que teria de enfrentar.
Um livro onde a realidade e o sonho, os factos e a imaginação se cruzam, deixando tudo e todos na dúvida... Ou não...
Mais uma brilhante história, plena de suspense, em que só se conhece o verdadeiro culpado nas últimas páginas. Toda a trama é escrita de uma forma espectacular, com personagens muito bem caracterizadas, com pormenores que nos transportam de dedução em dedução como se fizessemos parte da narrativa.
Como já sabem: Adoro o Dick Haskins!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
"Balada da Praia dos Cães" - José Cardoso Pires

Sinopse
"Viu no fundo duma cova uma conspiração de cães à volta do cadáver dum homem; alguns saltaram para o lado assim que ele apareceu mas logo retomaram a presa; outros nem isso, estavam tão apostados na sua tarefa que se abocanhavam entre eles por cima do corpo do morto."
Finalmente acabei de ler este livro! E digo finalmente porque tive de me obrigar a lê-lo. A verdade é que não gostei, em especial da escrita do autor. Este foi o primeiro livro que li de José Cardoso Pires, e considero a escrita confusa.
Até meio do livro, apesar de não estar a gostar da escrita, considerei que a história se poderia tornar interessante pois parecia-me uma boa intriga. Mas nem isso... a história revelou-se fraca, sem surpresas.
Enfim, é raro este meu sentimento em relação a um livro, mas terminei-o apenas porque não gosto de deixar leituras a meio.
E para compensar este sentimento de vazio literário, comecei entretanto a ler um livro de Dick Haskins, para me preencher. Este tenho a certeza que me agrada!
terça-feira, 19 de maio de 2009
Um prémio novo...

As regras são:
2- Linkar o blog de onde o selo partiu e deixar um recado avisando que o recebeu.
3- Repassar o selo para cinco blogues que, na sua opinião, sejam “blogues de luz”.
EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR
E os blogues escolhidos são:
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Conta-me Histórias...

É claro que não resisti a folhear este novo exemplar, com novas e muitas fotografias e lá fui eu, "a carga pronta e metida nos contentores", que nem uma "sombra colorida" a viajar num "perfeito vazio" de regresso a um passado que já tem vinte e dois anos de Xutos e Pontapés...
Bolas! Estou a ficar velha (eu sou do tempo do Tim magrinho, do Passeio dos Alegres,...). Mas recordar é viver, é sentir, é crescer... e como dizem os XUTOS:
"Vai quem já nada teme, vai o Homem do Leme"
domingo, 17 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Últimas Aquisições

segunda-feira, 11 de maio de 2009
O Baú - um novo blogue

domingo, 10 de maio de 2009
"A Ilha das Trevas" - José Rodrigues dos Santos
quinta-feira, 7 de maio de 2009
"Armadilha" - Kitty Sewell
"Dafydd Woodruff, que tenta desesperadamente conceber um filho com a sua mulher , recebe uma carta: «Caro Dr. Woodruff, espero que não me leve a mal escrever-lhe. Creio que sou sua filha.» De súbito, um relativamente inocente passado apodera-se do seu presente e do da sua mulher. E apercebe-se de que não só tem uma filha, mas gémeos, um rapaz e uma rapariga. Quinze anos antes, Dafydd havia trabalhado numa remota região subártica, e estes jovens eram filhos da enfermeira-chefe do hospital em que ele trabalhara, mas com quem nunca tivera qualquer intimidade, e em relação à qual sentia, até, alguma animosidade...
Este é um livro de leitura simples, mas que prende o leitor ao longo das suas páginas.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Um novo selo

segunda-feira, 4 de maio de 2009
Até sempre Vasco Granja

Homem do Leme em entrevista
sábado, 2 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
"Firmin" - Sam Savage

«encontrei conforto na ideia ridícula de que tinha um Destino. E comecei a viajar no espaço e no tempo dos livros, para os procurar».
"Nascido na cave de Pembroke Books, uma livraria de Boston dos anos 60, Firmin aprendeu a ler devorando as páginas de um livro. Mas uma ratazana culta é uma ratazana solitária. Marginalizada pela família, procura a amizade do seu herói, o livreiro, e de um escritor fracassado. À medida que Firmin desenvolve uma fome insaciável pelos livros, a sua emoção e os seus medos tornam-se humanos. É uma alma delicada presa num corpo de ratazana e essa é a sua tragédia.
Num estilo ora sarcástico ora enternecedor, Firmin é uma história sobre a condição humana em que a paixão pela literatura, a solidão e a amizade, a imaginação e a realidade, fazem parte de um mundo que acarinhava os seus cinemas de reprise, os seus personagens únicos e a glória amarelada das suas livrarias. Firmin é divertido e trágico. Como todos nós."
Firmin é uma história encantadora.
O patinho feio da família, é como se pode descrever a personagem. É o 13.º filho de uma ratazana gorda e com hábitos alcoólicos. Como a mãe só tem 12 tetas, Firmin fica sempre para o fim das refeições, mamando apenas os restos do leite que os seus irmãos, bem mais robustos, deixaram. Mas até aí, Fírmin vê uma vantagem - apesar de ter de se contentar com restos que apenas enganam a fome que sente, já não mama leite com teor alcoólico.
Para se alimentar Firmin começa por roer os bordos do seu ninho, feito de papel... páginas arrancadas dos livros da livraria onde nasceu. E assim nasce a sua paixão pelos livros. Um dia, enquanto procurava alimento por entre as várias estantes da livraria, começou a ler... e nunca mais parou. A sua paixão cresceu tanto que já não comia as páginas dos livros, ou melhor, já não as comia todas. Deixava as partes impressas intactas, roendo apenas as margens brancas.
Através de Firmin o autor faz uma reflexão sobre a condição humana, a solidão, a necessidade de cada um ser aceite na sua diferença. Firmin, uma ratazana que procura nos livros a companhia da sua solidão, a compreensão de si própria é uma metáfora do ser humano, que se procura a si próprio nos outros.
É um livro pleno de emoções e que somos levados um sentimento profundo de empatia por um animal que normalmente nos desperta repulsa - uma ratazana. Ao longo da história quase que nos apetece dizer: Firmin, eu gosto de ti!
Irónico, sensível, emocional, sarcástico, este é sem dúvida, um livro para todos os amantes dos livros, para todos os "ratos de biblioteca".