Sinopse:
"Um homem, apaixonado por livros e perdido no mundo, decide comprar o que pensa tratar-se de uma primeira edição de Os Lusíadas, descobrindo que a primeira edição era, afinal, duas.
Este livro é o fidedigno relato de Ângelo, que compra com Os Lusíadas um destino trágico.
O amor é a sombra que paira, no céu da sua existência, como uma nuvem negra e sem propósito. A tragédia do orgulho ferido conduzi-lo-á à introspecção. Recordará a vida e terá de descobrir que não pode viver sem amor, mesmo que o tempo tenha sido perdido a rememorar e à espera da liberdade...
Fundamentalmente, O Alfarrabista que mandou falsificar Os Lusíadas é um livro que permite ao leitor percepcionar alguns mistérios dos alfarrábios."
Descobri este livro no Alfarrabista e namorei-o até me decidir pela compra. Por que é que o quis comprar? Não sei bem, mas o título despertou-me a curiosidade.
O Alfarrabista que mandou falsificar Os Lusíadas é isso mesmo - a história de uma falsificação de Os Lusíadas.
Ângelo, um apaixonado por livros decide comprar a primeira edição de Os Lusíadas, e para isso visita o Sr. Ribeiro, o seu alfarrabista de eleição. E assim começa a história de como um livro pode alterar radicalmente a vida de alguém.
Enquanto espera pelo seu livro, Ângelo vive uma série de acontecimentos inesperados: envolve-se com Eva, sua colega de trabalho; reencontra Rita, uma ex-namorada; conhece Júlio, o encadernador anarquista que o leva a conhecer um clube secreto; vê nascer do nada uma amizade com Pedro, brasileiro que encontra na rua à procura de alfarrabistas; chora a morte do Sr. Florêncio, o vizinho padeiro com quem passa as tardes de domingo a falar sobre livros; reencontra César, um amigo de universidade, cuja amizade foi ensombrada por um acontecimento trágico.
Ângelo conta-nos toda a sua vida, numa espécie de diário, enquanto espera pelo seu último dia na prisão.
E tudo começou por que Ângelo comprou a edição de Os Lusíadas e depois decidiu vendê-la.
Um livro pequeno (112 páginas) que se lê de um fôlego. Gostei da história, apesar de ter pena de o mundo dos alfarrabistas não ter sido mais explorado. Mas afinal esta história é a história de Ângelo, que retrospectivamente nos relata acontecimentos que o marcaram e como um livro mudou a sua vida para sempre.
1 comentário:
Ola
Já li a " Solidão dos números primos" e gostei.
"Paolo Giordano consegue evitar a tentação de um final feliz. A história é uma história comum, deixando o final suficientemente em aberto."
Boa leitura
Beijinho
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