"Após dez anos no encalço de Gretchen Lowell, o detective Archie Sheridan e raptado e torturado durante dez dias pela lindíssima serial killer. Mas, no final, ela decide, misteriosamente, libertá-lo e entregar-se às autoridades.
Gretchen é condenada a prisão perpétua, enquanto Archie é condenado a outro tipo de prisão: viciado em vários medicamentos, não é capaz de regressar à sua antiga vida e não consegue esquecer aqueles dez dias de tortura... nem Gretchen.
Quando outro assassino começa a raptar e assassinar raparigas adolescentes de Portland, Archie é convidado a voltar ao activo e a liderar a equipa que vai investigar os crimes recentes.
A nova investigação dará início a um jogo mortal entre Archie, o novo assassino e... Gretchen Lowell."
Uma história arrepiante, perturbadora e inquitante, que nos faz pensar sobre os limites e obscuridades da mente humana.
Archie investiga durante dez anos o caso que a imprensa apelidou de "Beleza Assassina", até que é, ele próprio, vítima da mais bela e estruturada serial killer - Gretchen.
Durante dez dias Archie é torturado das formas mais violentas e humilhantes que se possam imaginar. Gretchen tem como objectivo matá-lo, mas só depois de lhe ter causado um sofrimento insuportável. No entanto, repentinamente, Gretchen muda de ideias e "ressuscita" Archie entregando-se às autoridades. Porquê?
Entre Archie e Gretchen desenvolveu-se uma relação perturbada, sensual, de dependência e identificação difícil de explicar e de entender. Vítima e agressor fundem-se numa relação de cumplicidade e dependência, de troca entre as visitas de Archie e as revelações de Gretchen.
Ambos têm a sua prisão: a de Gretchen é física e apara toda a vida, mas a de Archie é psicológica e, queremos acreditar, poderá ser rompida, um dia...
É precisamente esta relação perturbada e perturbadora que fazem deste thriller, algo tão diferente e simultaneamente tão intenso e arrebatador.
Enquanto desenvolve uma investigação policial, a autora revela as personagens e o seu lado mais obscuro de uma forma tão intensa que por vezes até consegui sentir o sabor amargo dos comprimidos de Archie ou o cheiro do desinfectante de sanitas.
É um policial muito diferente, do qual gostei muito e espero que exista uma continuação. Já tinha lido várias críticas ao livro e não me desapontou.
Quanto à personagem de Archie, e se algum dia existir a adaptação cinematográfica do livro, gostaria de ver a ver representada por Al Pacino - acho que se adapta bem...
2 comentários:
Espera... Peço que me perdoes, mas não consigo evitar o mínimo orgulho em saber que, de alguma forma, te aconselhei o livro =D
Ainda bem que gostaste assim! Mesmo não sendo fã de policiais também apreciei bastante... Espero que a Porto Editora continue a publicar a série (o próximo é "Sweetheart", é uma questão de tempo até chegar cá!).
Aproveitei e comprei também "O Silêncio dos Inocentes": gostei tanto de Gretchen e Archie que não me contive... Diz-me só uma coisa: achas que deva ler a trilogia de Lecter pela ordem correcta "Dragão Vermelho, Silêncio dos Inocentes e Hannibal) ou não faz diferença começar pelo meio? =P
Pedro,
é bem verdade, foste tu que despertaste a minha curiosidade por este livro, e por isso, muito obrigada!
Em relação à tua questão, eu própria comecei por ler o Silêncio dos Inocentes, depois o Hannibal, seguiu-se o Hannibal, a Origem do Mal, e confesso que ainda não li o Dragão Vermelho.
Sinceramente, acho que não há problema em começares pelo Silêncio dos Inocentes, até porque todos os outros ajudam a compreender o Hannibal Lecter que conhecemos nesse livro.
Mas não é uma trilogia, a ordem é:
Hannibal, A Origem do Mal
O Dragão Vermelho
O Silêncio dos Inocentes
Hannibal
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