Título: Os Cavaleiros de S. João Baptista
Autor: Domingos Amaral
Editora: Editorial Notícias
Edição: 1.ª edição / Novembro 2004
Páginas: 371
Sinopse:
"O que fazer quando a rapariga por quem estamos apaixonados desaparece subitamente? João Pedro, um jovem advogado, faz o óbvio e começa à procura de Mariana, a filha de Marcos Portugal, um advogado para quem João Pedro trabalha. Mas nem o pai nem os amigos sabem dela, e quanto mais João Pedro a procura, mais desespera e mais suspeita de que o seu desaparecimento poderá estar ligado aos negócios de Marcos Portugal, e a uma estranha fundação que, na região de Tomar, procura tesouros escondidos pelos Templários. Os Cavaleiros de São João Baptista é um policial onde o crime se cruza com o amor, o sexo se mistura com a ganância e se descobrem segredos da História de Portugal e de uma relíquia antiga que todos pensam ter sido roubada..."
Opinião:
Esta é a primeira leitura deste ano de 2010, e resulta de uma troca de livros com o Ricardo.
A história é passada em Portugal e vai ressuscitar as várias histórias dos Templários e do seu tesouro, que se diz escondido em terras lusas.
O desaparecimento misterioso de Mariana, filha do advogado Marcos Portugal conhecido como o tubarão é o mote para uma história contada a dois tempos. Se por um lado assistimos à procura de Mariana por parte de João Pedro, advogado seu amigo que trabalaha para Marcos Portugal, simultaneamente vamos conhecendo a investigação policial do inspector Júlio César a um assassínio de uma mulher-a dias, a D. Elvira, crime de contornos cada vez mais estranhos.
A narrativa é fluída, prende o leitor e consegue despertar a curiosidade do que se vai passar a seguir.
Direi que podemos dividir o livro em duas partes: a primeira, em que as duas histórias se desenrolam em paralelo, onde o suspense prende o leitor e vamos conhecendo alguns segredos dos Templários, com todo o seu misticismo e erudição. Quando as duas histórias se fundem, inicia-se aquela que designo como segunda parte e que considero a mais fraca da narrativa.
Apesar de o ritmo da acção se tornar muito mais rápido, a história assume uma dimensão demasiado fantasiosa e poco verosímil. O incêndio na quinta, a loucura de Liliana, a existência do tesouro (ou não) surgem de tal forma que não me conseguiram fazer esquecer que estava a ler um livro.
No entanto, gostei da leitura. Foi uma forma leve de começar o ano.
Prós:
A escrita fluída, despretensiosa. A ideia de uma fundação secreta com base na ideologia dos Templários e o ressuscitar de lendas.
Contras:
A fantasia em que se envolve, em especial na segunda parte do livro, que não me fez esquecer que estava a ler um livro. Fez-me lembrar aqueles filmes, estilo "Missão Impossível" em que penso "só mesmo em filme!"
2 comentários:
Gostei do teu comentario sincero e objectivo sobre o qual não posso deixar de concordar. Espero que ainda assim que esta troca tenha valido a pena.
Um abraço!
Olá Ricardo,
claro que valeu a pena! Gostei do livro, está bem escrito, prende o leitor. Apenas tem um lado demasiado fantástico na segunda parte.
Um abraço e obrigada pelo comentário.
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