"Lisboa, ano de 1926. Certa Manhã, um ardina de O Século encontrou no Jardim da Estrela o corpo do chefe da segurança do Presidente do Conselho. Tal como o líder do Governo, também o seu guarda-costas era membro da sociedade secreta Carbonária Portuguesa.
Afonso Pratas, o veterano chefe da Polícia de Investigação Criminal, tomouem mâos a resolução de um dos seus mais intrincados casos. O assunto era melindroso e as hipóteses demasiadas: Um banal assalto com consequências inesperadas? Uma questão passional envolvendo a bela mulher do chefe de gabinete? Ambições pessoais de camaradas de armas? Vinganças políticas perpetradas pelos integralistas? Uma complexa questão de Estado?"
O Homem da Carbonária é um livro fascinante, quer pelo enredo policial, quer pelo documento histórico que é. Enquanto se desenvolve a história policial de investigação do assassinato de Peres, o autor vai-nos conduzindo numa viagem histórica a um Portugal revolucionário, de intrigas e conspirações, sociedades secretas e ambições. Portugal saído de uma Monarquia e que procura os caminhos da República sob a sombra da ditadura que espreita.
Quando o corpo de Peres, chefe da segurança do Presidente do Conselho, é encontado no Jardim da Estrela, Afonso Pratas está longe de saber que iniciou uma investigação complexa e com revelações surpreendentes.
Ao longo da narrativa vão surgindo temas que o autor explica no final do livro, em jeito de Glossário, mas que bem poderiam ser notas de rodapé, e que se revestem de crucial importância para a compreensão do contexto histórico, social, político e cultural em que se desenrola a acção.
Mais uma vez, um autor português que deve ser lido.
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