segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um blogue para Haruki Murakami


Há notícias que nos deixam felizes. Esta foi a úlima: o Tiago e a Marta criaram um blogue dedicado a este grande escritor, de quem eu tanto gosto.

Excelente ideia Tiago!

Serei visita assídua.



 
Aqui fica o link: MURAKAMI PT









sábado, 19 de junho de 2010

"O Mar em Casablanca" - Francisco José Viegas

 Título: O Mar em Casablanca
Autor: Francisco José Viegas
Editora: Porto Editora
Edição: Outubro 2009 (1.ª Edição)
Páginas: 234


Sinopse:

"O que une um cadáver encontrado nos bosques que rodeiam o belo Palace do Vidago e um homicídio no cenário deslumbrante do Douro? O que une ambos os crimes às recordações tumultuosas dos acontecimentos de Maio de 1977 em Angola? Jaime Ramos, o detective dos anteriores rimances de Francisco osé Viegas, regressa para uma nova investigação onde reencontra a sua própria biografia, as recordações do seu passado na guerra colonil - e uma personagem que o persegue como uma sombra, um português repartido por todos os continentes e cuja identidade se mistura com o da memória portuguesa do último século.

História de uma melancolia e de uma perdição, O Mar em Casablanca retoma o modelo das histórias policiais para nos inquietar com uma das personagens mais emblemáticas do romance português de hoje."


Opinião:

Há muito que queria ler uma obra deste autor, e a escolhida foi esta. Confesso que foi  a primeira desilusão literária deste ano. A história não me conseguiu cativar, a escrita, demasiado dispersa, fez-me perder. À medida que a leitura avançava nunca me consegui esquecer que estava a ler um livro, não consegui estabelecer qualquer relação / empatia com as personagens. A história é interessante, mas não consegui senti-la da forma que gosto de sentir uma história. As personagens foram apenas isso - personagens fictícias de uma história inventada. O livro pareceu-me mais um diário em que alguém escreveu as suas memórias e pensamentos à medida que estas afloravam a sua mente, dispersas, sem ordem, porque quando escrevemos um diário escrevemos para nós próprios e não para os outros, e por isso, a ordem, o encadeamento não são importantes. É a aleatoriedade do pensamento.

Foi difícil acabar de ler este livro, mas como não gosto de deixar leituras a meio, terminei-o. Apesar da sensação de vazio que me deixou. Provavelmente não foi o tempo certo para esta leitura.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago (1922 - 2010)


Porque nem o Nobel é eterno...

domingo, 13 de junho de 2010

Hercus Pereira, um seguidor muito especial

Eu tenho um grande carinho por todos os seguidores do "Conta-me Histórias". Ter seguidores é sinal de que gostam de nós, do que escrevemos.

Mas há um seguidor recente que me deixou muito feliz (eu sou assim, fico feliz com coisas aparentemente pequenas). Esse seguidor é o Hercus Pereira.

E porque é que esse seguidor é tão especial? Porque é timorense, e como já aqui disse, tenho um carinho muito especial pelo povo timorense e pela luta de Timor Lorosae, que acompanhei e vivi de muito perto, integrando manifestações, organizando exposições, fazendo vigílias, sempre acompanhada de timorenses excepcionais e alguns deles sobreviventes do massacre de Santa Cruz. Relembro muitas vezes o brilho do seu olhar, o sorriso franco, a esperança presente no seu coração e a dor de muitos, que em 1999 perderam os seus entes queridos em troca da Liberdade.

E com muito carinho que agradeço ao Hercus por ser seguidor deste blogue: Muito Obrigada!

E não deixem de visitar o seu blogue:  http://hercus.blogspot.com/

terça-feira, 8 de junho de 2010

"À Procura de Sana" - Richard Zimler

Título: À Procura de Sana
Autor: Richard Zimler
Tradutor: José Lima
Editora: Gótica
Edição: Maio 2006
Páginas: 287


Sinopse:

"Em Fevereiro de 2000, Richard Zimler voltou à Austrália para participar no Encontro de Escritores de Prth. No dia da sua chegada, conheceu uma talentosa bailarina brasileira que lhe contou o muito que o seu romance O Último Cabalista de Lisboa tinha significado para ela. O trágico passo que ela daria no dia seguinte mudou para sempre a vida de Zimler, lançando-o numa intensa investigação de três anos sobre o passado daquela mulher.

O escritor descobre então uma infância vivida à sombra do Monte Carmelo na década de 1950, uma época de tolerância entre comunidades vizinhas de árabes e de judeus nos velhos bairros de Haifa. À medida que esta paz se vai fragilizando, duas raparigas - uma palestiniana, outra israelita - tecem entre si laços que as ligam para sempre. Zimler desvenda a história desta amizade extraordinária, que o conduz, através de uma rede de ilusões, crueldades e enganos, de Paris a Bolonha e à Palestina e finalmente, ao 11 de Setembro de 2001, quando a tragédia que testemunhou em Perth se revela à luz do mais extremado contexto político.

A o analisar a natureza da verdadeira amizade e a génese de um crime impensável, À Procura de Sana confunde magistralmente as fronteiras convencionais entre realidade e eficção, numa teia de situações reais e romanescas que deixam o leitor suspenso do desfecho deste livro surpreendente e corajoso, que é sem dúvida um ponto alto na obra de Richard Zimler."

Opinião:

Este livro foi-me emprestado pelo Ricardo, em mais uma das nossas trocas de livros. Já o tinha cá em casa há algum tempo, e agora decidi lê-lo. Foi uma grande surpresa, não é nada do que eu podia esperar. Mas foi uma suspresa boa, pois gostei do livro.

O livro relata as buscas do autor sobre o passado de Sana, uma bailarina e mímica. Richard Zimler conhece Sana em Perth, Austrália, quando esta se dirige a ele e lhe diz que gostou muito do seu livro O Último Cabalista de Lisboa. No dia seguinte ao encontro, Sana suicida-se e o autor, perturbado com a situação, decide saber quem era aquela mulher, que gostara do seu romance e lhe tinha oferecido sabonetes.

As buscas desvendam a Zimler uma infância algo perturbada em Haifa. Conhece Helena, a grande amiga de Sana, uma mulher perturbada e perturbadora. Viaja até Paris, Bolonha, entrevista um ex-namorado de Sana, ex-colegas das companhias de teatro e de dança onde ela trabalhou. E vai descobrindo uma teia complicada de histórias, figuras imaginárias, personagens reais e inventadas, segredos de família.

Um livro cuja história nos deixa muitas vezes a questionar: "isto terá mesmo acontecido?".

Uma história que prende o leitor, que nos faz querer ler "só mais um bocadinho, só mais esta página", na expectativa da descoberta seguinte.

Uma história perturbadora e inquietante.

Gostei!

Prós: A escrita simples e cativante. As personagens

Contras: Por vezes a história pode parecer um pouco confusa, devido à mistura de real e imaginário.

sábado, 5 de junho de 2010

Dick Haskins em destaque no blogue "Noos Livros"

O blogue "Novos Livros", publicou uma entrevista ao meu querido amigo e admirável escritor António Andrade Albuquerque / Dick Haskins.

Podem ler aqui .

É sempre com grande orgulho que leio as palavras deste grande escritor. Um exemplo de humildade, seriedade e integridade!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Faleceu João Aguiar



Faleceu hoje o escritor João Aguiar, vitima de cancro, aos 66 anos, de acordo com a notícia do Público.

Do autor, li "A Voz dos Deuses" e gostei bastante. Já procurei várias vezes o livro para o comprar (pois o que li era emprestado) , mas não o encontrei. Pode ser que agora fçam algumas reedições.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Novidades cá em casa

Apesar de continuar em período de contenção de custos, vão chegando cá a casa algumas novidades literárias.

O livro da Karen Rose, é mais um exclusivo do Círculo de Leitores, e como estou a fazer a colecção, foi a aquisição deste mês.

O livro de Moita Flores, foi uma prenda da minha amiga Sónia, que no domingo após a minha operação veio de Lisboa de propósito para me visitar no Hospital. Já não há muitos amigos assim. Obrigada amiga!!!

"A Sul da Fronteira. A Oeste do Sol" - Haruki Murakami

Título: A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol
Autor: Haruki Murakami
Tradutora: Maria João Lourenço
Editora: Casa das Letras
Edição: Março 2009 (1.ª Edição)
Páginas: 241

Sinopse:

"Na primeira semana do primeiro mês do primeiro ao da segunda metade do século XX, ao protagonista, que também faz as vezes de narrador, é dado o nome de Hajime, que significa «início». Filho único de uma normal família japonesa, Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como normalmente todas as províncias o são. Nos seus tempos de rapazinho faz amizade com Shimamoto, também ela filha única e rapariga brilhante na escola, com quem reparte interesses pela leitura e pela música. Juntos, têm por hábito escutar a colecção de discos do pai dela, sobretudo «South of the Border, West of te Sun», tema de Nat King Cole que dá título ao romance.

Mas o destino faz com que os dois companheiros de escola sejam obrigados a separar-se. Os anos passam, Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, vinte anos mais tarde, Shimamoto reaparece certa noite na vida de Hajime. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco."


Opinião:

Mais um lindíssimo livro de Murakami! A escrita é soberba, a história tem uma poesia e uma envolvência fascinantes, que embalam o leitor na narrativa, trasnportando-o para a dimensão onírica da narrativa.

é brilhante a forma como a história de Hajime e Shimamoto é contada. Mais uma vez o tema dos fanstasmas  e dos encontros destes com os vivos (tão comum na literatura japonesa) está presente na história, mas de uma forma tão velada que o leitor se enrreda na história como se ela fosse o seu presente.

A amizade de Shimamoto e Hajime e a sua separação, são o tema que Murakami escolheu para explorar os fantasmas da vida, os arrependimentos e a vontade de refazer o caminho percorrido, fazendo escolhas diferentes, mas que inevitavelmente terminariam no mesmo epílogo. A história leva-nos a uma viagem ao íntimo do narrador, às suas ansiedades e procura de si mesmo, à sua busca de um sentido para a vida .

Um livro fantástico, para ser saboreado!

Prós:
As personagens, a poesia da escrita, a narrativa intimista mas ao mesmo tempo simples e fluída.

Contras:
Não tem.

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin