Autor: Jacques Pohier
Tradutor: Gemeniano Cascais Franco
Editora: Editorial Notícias
Edição: 1.ª Edição - Julho de 1999
Páginas: 320
Sinopse:
"Poderá haver uma "morte oportuna"? A morte não é sempre, por definição, inoportuna? Na sua advertência ao leitor, Jacques Pohier refere aqueles que, marcados por uma doença invencível, se encontram sujeitos a violentíssimos sofrimentos, chegando ao ponto de "deseehar que a morte ponha cobro às suas provocações". O objectivo deste livro é discutir o nosso próprio olhar sobre a morte, ou melhor, sobre uma vida que passou a considerar a morte, não como uma entidade exterior, mas sim como uma componente interior. O autor manifesta-se contra a dependência terapêutic ou contra as decisões sobre tratamentos tomadas por outros: segundo ele, cada um deve ter o direito de poder decidir a data e a forma da sua própria morte. Para que isso se torne possível, será necessário alterar a legislação vigente"
Opinião:
Um livro fantástico!!! Para quem gostar de er sobre estes assuntos, recomendo vivamente. O autor foi dominicano entre 1949 e 1989. Entre as suas obras destaca-se o livro "Quand je dis Dieu", livro que originou a sua exoneração da igreja católica. Depois de ser ver privado da sua licença de teólogo, trabalhou para a Associação para o Direito de Morrer com Dignidade, da qual foi secretário-geral e por fim presidente. É com base nessa sua experiência que surge este livro, uma profunda reflexão sobre o direito de cada um poder escolher o momento da sua morte. Não é uma apologia ao suicídio, mas antes uma defesa de uma vida digna, optando por uma morte consciente e "oportuna".
Um livro que fala da morte com um extremo carinho e respeito pela vida.
Um livro que apesar de ir ao encontro de muitas das ideias que professo, me fez reflectir de forma profunda sobre estas questões. Adorei!!!
Prós: O tema, muito bem desenvolvido, sem juízos de valor ou moralidades. A seriedade e respeito com que o tema é abordado.
Contras: Não é bem um contra, pois sabemos que o autor se baseia na sua vivência, mas as partes em que a legislação é analisada pode tornar-se mais abstrato por não ser a nossa realidade legislativa.