sábado, 23 de junho de 2007

TIBETE - Pela Independência

O Tibete é uma região na Ásia, que hoje é, pela maior parte, coberta pela Região Autónoma do Tibete, da República Popular da China. Tem uma área de, aproximadamente, 1,2 milhões de Km2.

Mas nem sempre foi assim. O Tibete já foi independente. A sua história começa em 127 a. c., quando uma dinastia militar se fixou no vale de Yarlung, reinando cerca de 800 anos. Foram séculos dedicados a campanhas militares, que em 617 d. c., o imperador Songtsen Gampo (33.º rei do Tibete) decide transformar num império mais pacífico: criou o alfabeto tibetano, definiu o sistema legal tibetano, baseado no princípio moral que já mencionava a importância da protecção do ambiente e da natureza, foi o impulsionador do Budismo e construiu vários templos.

A partir do século VII, o Tibete torna-se o centro do Lamaísmo, religião originária do Budismo, transformando-se assim, num poderoso reinado. No Século XVII é declarado território soberano da China, mas os tibetanos lutaram sempre pela sua independência, conseguida em 1912.

No entanto, os chineses, que sempre cobiçaram aquela região, aquando o regime comunista, voltam a invadir e anexar o Tibete, em 1950, como província. Em 1959, a oposição tibetana éderrotada e o seu líder político e espiritual, o 14.º Dalai-Lama Tenzin Gyatso, retira-se para o norte da Índia, onde instala um governo, no exílio. Desde então, 85.000 tibetanos fugiram do seu país.

Em 1965, contra a vontade dos tibetanos, o país torna-se região autónoma da China.

Entre 1987 e 1989, há fortes denúncias de violação dos direitos humanos, pelos chineses, cuja tropa comunista reprime com violência, qualquer manifestação de oposição à sua presença no território. Da ocupação chinesa resulta um genocídio cultural. Em 1989, o exército chinês massacra manifestantes na Praça da Paz Celestial, dando assim visibilidade internacional à causa da independência do Tibete.

Em 1993, o Dalai-Lama, prémio Nobel da Paz em 1989, inicia conversações com os chineses, que resultam num vazio.

A destruição da cultura tibetana e a opressão do seu povo resultou na morte de 1,2 milhões de tibetanos (um quinto da sua população) e muitos outros foram presos ou deslocados para campos de trabalho. Mais de 6000 mosteiros e templos foram destruídos.

Numa tentativa de convencer a comunidade internacional dos benefícios da ocupação chinesa, foram construídos hospitais, centrais eléctricas, escolas e estradas, que mais não são um meio para favorecer a imigração chinesa, pois os tibetanos em nada beneficiaram com estas medidas. São os chineses que ocupam todos os sectores político-económicos do Tibete, enquanto os Tibetanos são já uma minoria no seu próprio país.

Aqui ficam algumas imagens deste país que tanto me fascina:


O Dalai-Lama

Monges Budistas


Palácio de Potala


Paisagem tibetana

2 comentários:

ruxa disse...

É outro mundo... um mundo em que temos a sensação que não entra a maldade...
Partilho contigo esse fascínio, embora não tenha tanto conhecimento da sua história :)

kiduchinha disse...

Olá amiga! Se conheceres Associações / Instituições de Solidariedade, que precisem de alguma colaboração / ajuda, seja em termos humanos, materiais ou financeiros, deixa os contactos no post Desafio - Associações / Instituições no meu blog www.sonialx.blogspot.com q eu divulgarei!!!! Obrigada!!! beijocas bom fim semana!!!!!

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin