quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"Desconhecidos" - Taichi Yamada

Título: Desconhecidos
Autor: Taichi Yamada
Tradutora: Helena Serrano
Editora: Civilização
Edição: 2.ª edição / Julho 2006
Páginas: 165


Sinopse:
Este livro não tem sinopse, mas apresenta a seguinte descrição na contra-capa:

"Uma arrepiante história de fantasmas escrita com hipnótica clareza: de ritmo rápido, inteligente e assombrosa, com passagens de uma intensa percepção das relações entre pais e filhos, o que torna tão comovente este fascinante livro."
Bret Easton Ellis, Autor de Psicopata Americano



Opinião:
Mais um brilhante autor japonês.

Neste livro o leitor depara-se com uma história comovente entre homens e fantasmas, entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, tema muito habitual na literatura e folclore japonês.

Num prédio de escritórios, durante a noite, apenas dois inquilinos permanecem isolados na sua solidão. Quando um deles procura a companhia a companhia do outro e esta é recusada, uma série de acontecimentos são despoletados.

Um homem adulto, que perdeu os pais num acidente aos 12 anos de idade, reencontra uma felicidade que julgava impossível de reviver. Mas a que custo se pode viver uma felicidade assim?

Não vou falar da história pois isso retiraria todo o interesse a quem queira ler este magnífico livro.

Prós:
A linguagem, a musicalidade e a emotividade da história. O ritmo a que se desenvolve e nos prende até à última palavra.

Contras:
Não tem.

Cirurgia agendada

A minha cirurgua está agendada para dia 20 ou dia 27 de Março. E como já é habitual, comigo nada é fácil. Depois de mais uma consulta a ser examinada por dois médicos lá vem a confirmação do diagnóstico - lesões de endometriose profunda. Ora bem, esta senhora que se instalou sem pedir permissão (deve pertencer ao movimento "ocupa"), decidiu, talvez para não se sentir sozinha, "agarrar-se" aos nervos laterais do intestino. E aí é que está a maior complicação, ou melhor, o que pode vir a ser a complicação - provavelmente terei de ser colostomizada por alguns meses após a cirurgia (em português corrente, vou andar com um saquinho para os meus detritos - uma espécie de ecoponto orgânico portátil). Mas é uma hipótese. Mas é também um dos riscos da cirurgia assim como a possibilidade de ter de ser argaliada. Ou seja, após tantos anos a ir à sanita agora querem que eu deixe de frequentar esse sítio que me proporciona tantos e agradáveis momentos de leitura. Sim, porque eu leio na casa de banho!



Mas enfim, há que estar preparada, pois as hipóteses existem.


E tudo isto tem um lado positivo: vou dormir cerca de oito horas seguidinhas (o tempo que o cirurgião estimou para esta cirurgia), coisa que não tenho habitualmente tempo para fazer e quando acordar não é para ir trabalhar!!!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Literatura Japonesa



Para quem, como eu, for fã de literatura japonesa, deixo aqui um blogue que recentemente descobri:


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"O Homem de Sampetersburgo" - Ken Follett



Tìtulo: O Homem de Sampetersburgo
Autor: Ken Follett
Tradutor: Maria Adelaide Namorado Freire
Editora: Círculo de Leitores
Edição: 2009
Páginas: 351


Sinopse:

"O seu nome era Feliks e foi para Londres com o intuito de cometer um crime que haveria de mudar o curso da História. Eram muitas as armas que este mestre da manipulação tinha nas suas mãos, mas as mais perigosas eram o amor de uma mulher inocente e a paixão insaciável de outra. Contra si ergueram-se as forças policiais britânicas, um lorde abastado e influente e o jovem Winston Churchil. Qualquer homem
teria sido detido, mas não o homem de Sampetersburgo..."


Opinião:

Brilhante. Fantástico. Esplêndido. Maravilhoso. Uma obra-prima!
Adorei este livro que me fez lembrar os clássicos russos, quer pela história quer pelo brilhantismo da escrita. Durante a leitura não me saiu da memória Anna Karenine de Tolstoi, romance ao qual este se assemelha, sendo no entanto bem diferente.
Lydia, uma jovem aristocrata russa apaixona-se por Feliks, um jovem anarquista, mas a sua paixão é descoberta e o pai da rapariga enreda uma forma de os afastar de forma definitiva e drástica. Manda prender Feliks e torturá-lo enquanto que a Lydia lhe dá a oportunidade de se casar com um lorde inglês e ir viver para Inglaterra a troco da libertação do seu amado. Lydia aceita e assim se vê casada com um homem que não ama nem conhece. Ao longo de 17 anos de casamento aprende a amar o marido, a respeitá-lo e a reprimir os seus desejos e memórias. Mas a sua filha Charlotte, prestes a fazer 18 anos desafia as suas memórias há muito recalcadas.
O Mundo, e em especial a Europa, atravessam um período difícil e o príncipe Orlov desloca-se da Rússia para Inglaterra a fim de negociar um acordo político entre as duas nações. Orlov, primo de Lydia, traz consigo um destino que desconhece: um assassino viaja também da Rússia para Inglaterra, com a missão de matar Orlov.
Quem é este assassino que persegue Orlov, mas que se vê ele próprio perseguido por um passado que julgava esquecido? Poderá um homem frio, calculista, preparado para matar sem remorsos ser atormentado por fantasmas de um amor há muito perdido?
Uma leitura fantástica, ao nível dos grandes clássicos. Recomendo a sua leitura sem qualquer reserva.


Prós:
A escrita brilhante. A história maravilhosa. As descrições da vida no início do século. A forma como dá a conhecer a história das sufragistas e da sua luta. O contexto histórico em que se desenvolve a narrativa. Enfim, tudo!


Contras:
Como contra apenas se podem referir alguns erros ortográficos, que são erro da edição e não da obra.

De volta

Olá, estou de volta... pelo menos pretendo estar de volta! É que esta semana deixou-me de rastos e nem forças tinha para aqui vir.
A esquizófrenia colectiva no local de trabalho continua. Os horários de 12 horas também. E o médico ainda não decidiu nada, pois foram necessários mais exames e nova consulta marcada para dia 26. Bolas, estou cansada, as dores voltaram e agora o meu cara metade diz que eu ressono. Devo estar a ficar velha, só pode!
Mas cá vou andando e lendo, apesar de este ser o meu melhor aspecto.
Obrigado por continuarem a visitar este cantinho.

domingo, 10 de janeiro de 2010

"30 Anos - A maior banda de rock português" - António Murteira da Silva e Rui Costa


Título: 30 Anos - A maior banda de rock português
Autores: António Murteira da Silva e Rui Costa
Editora: Bertrand Editora
Edição: 1.ª Edição / Novembo 2009
Páginas: 173


Sinopse:

"Os Xutos & Pontapés são um marco na música e na sociedade portuguesa. Poucas são as bandas que se podem dar ao luxo de afirmar que comemoraram o 30.º aniversário com uma formação quase intocada. Gui, João Cabeleira, Kalú, Tim e Zé Pedro dispensam apresentações. Eles marcaram de forma indelével o último quartel do século xx e, certamente, irão marcar a música nacional que se fará neste século. Os fãs e aqueles que agora começam a descobri-los encontrarão neste livro a história dos cinco músicos que fizeram a banda sonora da vida de várias gerações"


Opinião:

Não sei se por já ter lido, e relido "Conta-me Histórias" de Ana Cristina Ferrão, se por já conhecer a história dos Xutos e Pontapés de cor e salteado (afinal são já mais de 20 anos a acompanhar a banda), que este livro não me conseguiu satisfazer. Terminei de o ler com uma sensação estranha...


O livro é escrito por dois fãs dos Xutos e isso nota-se ao longo das páginas. No entanto a abordagem é um pouco superficial, aborda a história dos Xutos um pouco "pela rama". Se calhar sou eu que esperava algo mais, algo novo, que ainda não soubesse. Foca todos os períodos da banda, mas a sensação com que fiquei é que é lhe falta qualquer coisa mais. A verdade é que quem leia este livro fica a conhecer, de um modo geral, a história dos Xutos e Pontapés, enquanto banda, e a sua discografia. Aliás o que eu senti é que este livro é mais uma história em torno das histórias de cada disco dos Xutos e Pontapés.

Não desgostei, mas não me fascinou nem satisfez. Mas como já disse, talvez o mal seja mesmo meu que já conheço a história da banda e que vivi alguns dos momentos descritos. E no que toca aos Xutos as minhas vivências ultrapassam qualquer descrição, pois a emoção prevalece! Eneste livro falto isso mesmo, emocionar-me, fazer-me sorrir de nostalgia.


Prós:

Nota-se uma intensa pesquisa dos autores e a sua admiração pela bnda, bem como um conhecimento da sua história.


Contras:

O livro procura uma linguagem muito próxima da oralidade, o que nem sempre é bem conseguido. Alguns erros de português como por exemplo: ".. tivemos lá cerca de um mês" quando deveria ser "... estivemos lá cerca de um mês"

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Um grito de amor desde o centro do mundo" Kyoichi Katayama

Título: Um grito de amor desde o centro do mundo
Autor: Kyoichi Katayama
Tradução: Catarina Gândara
Editora: Objectiva
Edição: 1.ª Edição / Novembro 2009
Páginas: 192


Sinopse
"Sakutarô e Aki conhecem-se na escola de uma pequena cidade japonesa. Ele é um adolescente engenhoso e sarcástico. Ela é inteligente, bonita e popular. Tornam-se amigos inseparáveis até que, um dia, Sakutarô começa a ver Aki com outros olhos. A amizade cíumplice transforma-se numa paixão arrebatadora. Juntos vivem uma história capaz de transformar os sentidos e apagar as fronteiras entre a vida e a morte"


Opinião:
Lindo! Um livro fantástico, que confirmou as minhas expectativas e a minha paixão pela literatura japonesa.

Sakutarô e Aki são dois jovens que começam por ter uma amizade profunda e terminam com um amor cúmplice, doce e verdadeiro, que transcende a realidade e a vida.

A história do casal é contada em simultâneo com a históriia do avô de Sakutarô, que viveu um amor profundo apesar de interrompido. Também o amor de Sakutarô e Aki vai ser interrompido pela doença terminal da rapariga. Mas os sentimentos que os unem são tão profundos e verdadeiros que conseguem ultrapassar todas as provações e perdurar até para além da morte.

Uma história maravilhosa, onde está presente toda a musicalidade e a poesia da literatura japonesa. É um hino ao amor, à capacidade de amar, aos verdadeiros sentimentos.

Kyoichi Katayama é um autor a reter, sem dúvida!

Este livro foi um maravilhosa forma de começar o ano. Adorei!

Prós:
A poesia, a musicalidade do texto que soa de forma tão maravilhosa. Simultaneamente à doçura de algumas partes do texto, o autor transmite a dureza e a crueldade das doenças terminais ao relatar a situação de Aki. A proximidade que o autor cria entre personagens e leitor.

Contras:
Não tem

O meu estado de saúde actual



Já aqui falei da endometriose doença crónica que me afecta.

Nos últimos tempos a situação agravou-se e apesar do tratamento que faço há dois anos, as dores voltaram a surgir. Lá fui eu novamente fazer exames e análises. Conclusão: apesar do tratamento a endometriose continuou a desenvolver-se e actualmente está instalada (confortavelmente para ela, desconfortavelmente para mim) nos intestinos, septo recto-vaginal e bexiga, para além de me ter virado o útero em sentido contrário e de o ter colado (literalmente) aos intestinos.

Perante o abuso desta senhora (leia-se endometriose) que decide infiltrar-se e desenvolver-se no meu interior como bem lhe apetece, o médico colocou a hipótese da cirurgia, para separar o útero dos intestinos e "recolocá-lo" no sítio, bem como retirar todas as lesões que existem. Assim, lá fui eu hoje para uma consulta com o médico cirurgião. Entrei no Hospital às 10h30 e saí às 18h00 com a confirmação da operação (que o médico diz ser difícil) e uma ressonância magnética pélvica realizada. Amanhã vou fazer análises (painel pré-procedimento cirúrgico) e no dia 19 lá tenho nova consulta, já com os resultados de todos os exames. Depois é só aguardar pela autorização da seguradora e fazer a cirurgia.

Vamos lá ver se este problema se resolve de uma vez por todas e se as dores me abandonam!

Mas sabem o que de curioso me aconteceu? Quando estava deitada a ser preparada para a ressonância magnética, e mesmo antes de entrar para o túnel, o que é que estava a tocar no rádio???!!!!! Xutos e Pontapés! Mais uma vez estavam presentes com a sua música num momento importante para mim.

E durante todo o tempo que andei pelo hospital, acabei o livro que levava. Para a próxima levo um livro de reserva, e assim já não me acontece ter de ficar cerca de hora e meia sem nada para ler.

Bem, e como há sempre algo de positivo em tudo, nesta situação, em que vou ter de ficar algum tempo em casa no pós-operatório, vou ter muito tempo para ler. Será que é desta que a pilha de livros para ler diminui consideravelmente?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"A Mordaça Inglesa" - Gonçalo Amaral



Título: A Mordaça Inglesa - A História de um Livro Proibido
Autor: Gonçalo Amaral
Editora: Planeta
Edição: 1.ª Edição - Dezembro de 2009
Páginas: 106


Sinopse:

"Escrevi o livro Maddie - A Verdade da Mentira de forma responsável, fundamentado em factos, onde deixei expressa uma opinião técnica partilhada por quem trabalhou comigo na investigação do chamado Caso Maddie, constituindo uma resposta a difamações e um contributo para a descoberta da verdade material, no exercício da liberdade de expressão conquistada com o 25 de Abril de 1974. Catirze meses depois, uma providência cautelar apresentada pelo casal McCann visa a proibição de tal livro, manifestando o interesse em calar as vozes contrárias à tese do rapto.

Este livro surge da minha indignação perante o peso da censura a estilhaçar os direitos fundamentais do ser humano. Não desejo o papel de vítima mas recuso-me a ser submisso. E não posso silenciar ou deixar cair no esquecimento valores universais que conferem ao homem a sua verdadeira dimensão. E é por isso que a minha indignação não deve ser solitária. A luta contra a censura é urgente e nasce da vontade de todos.

Mais do que um protesto de um homem amordaçado, pretendo, sobretudo, defender a liberdade de expressão como o direito de formular livre e responsavelmente pareceres, conceitos e convicções. A história de um livro proibido precisa de ser contada. Em nome da liberdade e da responsabilidade."


Opinião:

Comecei a ler este livro ontem de manhã e acabei hoje de manhã.

Não é um romance, nem o relato de uma investigação, muito menos é um policial. É sim, um grito de indignação de alguém que se sente injustiçado, amordaçado, privado da sua liberdade sem estar preso, porque pior que a prisão física é a prisão que restringe, ou pretende restrigir a liberdade de pensamento e de expressão.

O livro de Gonçalo Amaral, "Maddie - A Verdade da Mentira" foi proibido e consequentemente retirado de venda, na sequência de uma providência cautelar aceite por um Tribunal português. Logo na altura divulguei aqui a notícia e manifestei a minha indignação.

Neste novo livro, Gonçalo Amaral manifesta o seu sentimento de injustiça e sente-se, ao longo das páginas, a sua profunda desilusão com os princípios que defendeu e com a instituição que representou em quase três décadas. É triste, mas é bem verdade.

O me indigna profundamente é o facto de este nosso país, pequenino, se fazer ainda mais pequenino quando o olham de cima, sobranceiramente, vergando-se a interesses e poderes mesquinhos, subjugando valores tão essenciais como a liberdade de expressão ou descredibilizando instituições de reconhecido valor. Mas a verdade é que um país e as suas instiuições são feitos de Homens e reflectem os valores desses Homens, algumas vezes feliz outras vezes infelizmente.

Não me consigo capacitar que em pleno século XXI, três décadas e cinco anos após uma democracia instalada, se tenha assistido à proibição de um livro. Faz relembrar outros tempos, dos quais não me recordo, mas sobre os quais li e ouvi muito. Faz-me sentir profundamente triste que o nosso país trate assim os seus Homens, a sua Educação, a sua Cultura, a sua Liberdade.

Não conheço Gonçalo Amaral e nem aqui está em causa o facto de concordar com a sua tese defendida no seu livro proibido. O que está em causa é o princípio da liberdade de expressão que foi profundamente ferido. Se os direitos de personalidade do casal McCann foram ofendidos, então e o direito de personalidade de Gonçalo Amaral quando este foi acusado de alcoólatra e cabecilha de redes de pedofilia? É que nessa altura ninguém da justiça portuguesa se indignou ou movimentou instrumentos jurídicos. O casal McCann merece solidariedade por ter perdido a sua filha? Claro que sim. Mas alguém se lembra ou lembrou alguma vez as filhas de Gonçalo Amaral, uma delas bem pequena, a quem todas as acusações proferidas contra o pai em praça pública afectam como a qualquer outra criança?

O que me indigna é a forma como todo este processo foi conduzido e a censura renascida. Se a tese defendida por Gonçalo Amaral está correcta ou se é um completo absurdo, é algo que a justiça portuguesa deveria ter permitido ser provado. Mas é mais fácil censurar!

Já todos perceberam que acredito e defendo a mesma tese que Gonçalo Amaral, mas mesmo que não acreditasse nem um pouquinho que fosse, a minha conclusão seria a mesma, aqui resumida em sábias palavras de Voltaire:


"Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo."


"Acontece com os livros o mesmo que com os homens, um pequeno grupo, desempenha um grande papel."

"A perfeição da própria conduta consiste em manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia."


Prós:
As reflexões sobre a liberdade que me fizeram relembrar as aulas de Filosofia.


Contras:
Por vezes a linguagem utilizada é demasiado jurídica. Nota-se bem a formação académica do autor.

domingo, 3 de janeiro de 2010

"Os Cavaleiros de S. João Baptista" - Domingos Amaral



Título: Os Cavaleiros de S. João Baptista
Autor: Domingos Amaral
Editora: Editorial Notícias
Edição: 1.ª edição / Novembro 2004
Páginas: 371


Sinopse:

"O que fazer quando a rapariga por quem estamos apaixonados desaparece subitamente? João Pedro, um jovem advogado, faz o óbvio e começa à procura de Mariana, a filha de Marcos Portugal, um advogado para quem João Pedro trabalha. Mas nem o pai nem os amigos sabem dela, e quanto mais João Pedro a procura, mais desespera e mais suspeita de que o seu desaparecimento poderá estar ligado aos negócios de Marcos Portugal, e a uma estranha fundação que, na região de Tomar, procura tesouros escondidos pelos Templários. Os Cavaleiros de São João Baptista é um policial onde o crime se cruza com o amor, o sexo se mistura com a ganância e se descobrem segredos da História de Portugal e de uma relíquia antiga que todos pensam ter sido roubada..."


Opinião:

Esta é a primeira leitura deste ano de 2010, e resulta de uma troca de livros com o Ricardo.

A história é passada em Portugal e vai ressuscitar as várias histórias dos Templários e do seu tesouro, que se diz escondido em terras lusas.

O desaparecimento misterioso de Mariana, filha do advogado Marcos Portugal conhecido como o tubarão é o mote para uma história contada a dois tempos. Se por um lado assistimos à procura de Mariana por parte de João Pedro, advogado seu amigo que trabalaha para Marcos Portugal, simultaneamente vamos conhecendo a investigação policial do inspector Júlio César a um assassínio de uma mulher-a dias, a D. Elvira, crime de contornos cada vez mais estranhos.

A narrativa é fluída, prende o leitor e consegue despertar a curiosidade do que se vai passar a seguir.

Direi que podemos dividir o livro em duas partes: a primeira, em que as duas histórias se desenrolam em paralelo, onde o suspense prende o leitor e vamos conhecendo alguns segredos dos Templários, com todo o seu misticismo e erudição. Quando as duas histórias se fundem, inicia-se aquela que designo como segunda parte e que considero a mais fraca da narrativa.

Apesar de o ritmo da acção se tornar muito mais rápido, a história assume uma dimensão demasiado fantasiosa e poco verosímil. O incêndio na quinta, a loucura de Liliana, a existência do tesouro (ou não) surgem de tal forma que não me conseguiram fazer esquecer que estava a ler um livro.

No entanto, gostei da leitura. Foi uma forma leve de começar o ano.


Prós:
A escrita fluída, despretensiosa. A ideia de uma fundação secreta com base na ideologia dos Templários e o ressuscitar de lendas.


Contras:
A fantasia em que se envolve, em especial na segunda parte do livro, que não me fez esquecer que estava a ler um livro. Fez-me lembrar aqueles filmes, estilo "Missão Impossível" em que penso "só mesmo em filme!"

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Os Melhores e os Piores de 2009




De todas as leituras que fiz em 2009, existem aqueles livros que considero inesquecíveis e aqueles que constituiram uma desilusão.




Considero como os melhores livros que li em 2009.




  • O Cego de Sevilha (Robert Wilson)


  • A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)


  • Beleza Assassina (Chelsea Cain)


  • Firmin (Sam Savage)


  • A Ilha das Trevas (José Rodrigues dos Santos)


  • Comboio Nocturno Para Lisboa (Pascal Mercier)


  • Terra de Neve (Yasunari Kawabata)


  • After Dark - Os Passageiros da Noite (Haruki Murakami)


  • Rios de Púrpura (Jean Christophe Grangé)


  • A Solidão dos Números Primos (Paolo Giordano)


  • A Interpretação do Crime (Jed Rubenfeld)


  • Messias (Boris Starling)




As desilusões do ano foram:





  • A Balada da Praia dos Cães (José Cardoso Pires)


  • Sem Sangue (Alessandro Baricco)


  • A Canção de Kali (Dan Simmons)


  • O Pintor de Sombras (Esteban Martin)

Livros Lidos em 2009


No ano de 2009 li 50 livros. Queria ler mais, mas a vida profissional nem sempre me permite dedicar à leitura o tempo que eu gostaria. Mesmo assim, considero que foi um bom ano em termos de leituras.




  1. O Cego de Sevilha (Robert Wilson)


  2. Uma Vida Normal (Paulo Azevedo)


  3. A Vida num Sopro (José Rodrigues dos Santos)


  4. A Hora da Morte (Lisa Gardner)


  5. O Mapa do Criador (Emilio Calderón)


  6. A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)


  7. O Clube Mefisto (Tess Gerritsen)


  8. O Hóspede (Marie Belloc Lowndes)


  9. O Império dos Pardais (João Paulo Oliveira e Costa)


  10. Chamava-se Luís (Marina Mayoral)


  11. A Embaixadora (Dick Haskins)


  12. A Dançarina Do Templo (John Speed)


  13. O Estripador de Lisboa (Luís Campos)


  14. Vates A.G.B. (Ana Margarida Oliveira)


  15. Beleza Assassina (Chelsea Cain)


  16. Firmin (Sam Savage)


  17. Armadilha (Kitty Sewell)


  18. A Ilha das Trevas (José Rodrigues dos Santos)


  19. A Balada da Praia dos Cães (José Cardoso Pires)


  20. O Jantar é às Oito (Dick Haskins)


  21. A Cidade sem Tristeza (Anosh Irani)


  22. Comboio Nocturno para Lisboa (Pascal Mercier)


  23. Chegou a Tua Hora (Karen Rose)


  24. Sem Sangue (Alessandro Baricco)


  25. Maigret e o Assassino do Canal (Simenon)


  26. Hotel Lusitano (Rui Zink)


  27. Equinócio (Michael White)


  28. Terra de Neve (Yasunari Kawabata)


  29. Pecados na Noite (Tami Hoag)


  30. A Mão do Pecado (Tami Hoag)


  31. O Leitor (Bernhard Schlink)


  32. A Canção de Kali (Dan Simmons)


  33. After Dark - Os Passageiros da Noite (Haruki Murakami)


  34. Rios de Púrpura (Jean Christophe Grangé)


  35. A Mensageira (Daniel Silva)


  36. O Alfarrabista que Mandou Falsificar os Lusíadas (Sérgio Sousa-Rodrigues)


  37. A Solidão dos Números Primos (Paolo Giordano)


  38. L. Ville (Fernando Sobral)


  39. Os Homens Que Odeiam as Mulheres (Stieg Larsson)


  40. O Afinador de Pianos (Daniel Mason)


  41. A Ofensa (Ricardo Menendez Salmón)


  42. A Mãe de Um Rio (Agustina Bessa-Luís)


  43. O Clube das Sobreviventes (Lisa Gardner)


  44. Sozinhos (Lisa Gardner)


  45. O Último Setembro em Teerão (Dalia Sofer)


  46. A Interpretação do Crime (Jed Rubenfeld)


  47. Sputnik, Meu Amor (Haruki Murakami)


  48. O Pintor de Sombras (Esteben Martin)


  49. À Queima Roupa (Rui Araújo)


  50. Messias (Boris Starling)

Livros comprados em 2009

Em matéria de livros comprados, o ano de 2009 foi bastante produtivo (nem me atrevo a fazer contas aos 83 livros que comprei...). Adquiri livros em livrarias, em hipermercados, em feiras (incluindo a Feira do Livro), em alfarrabistas e em leilões on-line.

Aqui fica a lista, por mês de aquisição:

JANEIRO
  • Equinócio (Michael White)
  • Ilusão Fatal (Frank Tallis)

FEVEREIRO

  • O Cavaleiro de Sainte-Hermine - 2 volumes (Alexandre Dumas)

MARÇO

  • A Sabedoria dos Mortos (Rodolfo Martinez)
  • A Embaixadora (Dick Haskins)
  • A Sétima Sombra (Dick Haskins)
  • A Noite Antes do Fim (Dick Haskins)
  • Beleza Assassina (Chelsea Cain)
  • O Estripador de Lisboa (Luís Campos)
  • A Balada da Praia dos Cães (José Cardoso Pires)

ABRIL

  • Messias (Boris Starling)
  • A Conspiração de Papel (Davis Liss)
  • Comboio Nocturno para Lisboa (Pascal Mercier)
  • As Mãos Desaparecidas (Robert Wilson)
  • Águas Calmas (Tami Hoag)
  • Firmin (Sam Savage)
  • After Dark - Os Passageiros da Noite (Haruki Murakami)
  • O Jogo do Anjo (Carlos Ruiz Zafón)
  • Pecados na Noite (Tami Hoag)
  • O Clube das Sobreviventes (Lisa Gardner)
  • Dragão Vermelho (Thomas Harris)
  • O Jantar é às Oito (Dick Haskins) ed. antiga

MAIO

  • Rios de Púrpura (Jean Christophe Grangé)
  • Terra de Neve (Yasunari Kawabata)
  • O Minuto 180 (Dick Haskins)
  • Conta-me Histórias (Ana Cristina Ferrão)
  • Sem Sangue (Alessandro Baricco)
  • Mentiras no Divã (Irvin D. Yalom)
  • Gelo Ardente (Clive Cussler)
  • A Canção de Kali (Dan Simmons)
  • O Romance de Genji - parte II (Murasaki Shikibu)
  • Os Homens Que Odeiam as Mulheres (Stieg Larsson)
  • Último Acto em Lisboa (Robert Wilson)
  • As Memórias do Livro (Geraldine Brooks)
  • O Traficante de Armas (Hugh Laurie)
  • O Senhor do Falcão (Valeria Montaldi)
  • Chegou a Tua Hora (Karen Rose)
  • O Pintor de Sombras (Esteban Martin)

JUNHO

  • Assassinos Escondidos (Robert Wilson)
  • O Caso das Garras de Veludo (Perry Mason)
  • O Adeus às Armas (Ernest Hemingway)
  • Maigret e O Assassino do Canal (Simenon)
  • A Mensageira (Daniel Silva)

JULHO

  • Em Busca de Uma Voz Distante (Taichi Yamada)
  • Desconhecidos (Taichi Yamada)
  • O Leitor (Bernhard Schlink)
  • O Último Cabalista de Lisboa (Richard Zimler)
  • O Jantar é às Oito (Dick Haskins) ed. recente
  • Psíquico (Dick Haskins)
  • Clímax (Dick Haskins)

AGOSTO

  • A Imperatriz da Seda - O Tecto do Mundo (José Frèches)
  • A Imperatriz da Seda - Os Olhos de Buda (José Frèches)
  • A Imperatriz da Seda - A Usurpadora (José Frèches)
  • O Sabor da Vingança (Karen Rose)
  • A Morte Chama-te (Karen Rose)
  • Fragmentos de Uma Conspiração (José Manuel Lopes)
  • A s Luzes Brancas de Paris (Theresa Revay)
  • O Alfarrabista que Mandou Falsificar os Lusíadas (Sérgio Sousa-Rodrigues)
  • Gone, Baby, Gone (Dennis Lehane)
  • A Interpretação do Crime (Jed Rubenfeld)
  • L. Ville (Fernando Sobral)
  • O Último Setembro em Teerão (Dalia Sofer)

SETEMBRO

  • A Única Verdade (Anna Quindlen)
  • Sei Onde Estás (Karen Rose)

OUTUBRO

  • Os Orfãos do Mal (Nicolas D'Estienne D'Orves)
  • À Queima Roupa (Rui Araújo)
  • Falso Alarme (Tami Hoag)
  • Fúria Divina (José Rodrigues dos Santos)
  • Escritos Secretos (Sebastian Barry)
  • O Mistério da Estrada de Sintra (Eça de Qieróz e Ramalho Ortigão)

NOVEMBRO

  • A Casa Quieta (Rodrigo Guedes de Carvalho)
  • O Que Entra nos Livros (António Manuel Venda)
  • A Rapariga Que Sonhava Com Uma Lata de Gasolina E Um Fósforo (Stieg Larsson)
  • A Rainha No Palácio Das Correntes De Ar (Stieg Larsson)
  • Auto-Retrato do Escritor Enquanto Corredor de Fundo (Haruki Murakami)
  • A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol (Haruki Murakami)

DEZEMBRO

  • Paixão pelo Chá
  • O Mar em Casablanca (Francisco José Viegas)
  • 30 Anos (António Murteira da Silva e Rui Costa)
  • O Deus das Moscas (William Golding)
  • Dia de Cães (Alicia Giménez Bartlett)
  • A Chantagem do Vixen 03 (Clive Cussler)

Livros que Recebi em 2009



Estes livros foram-me oferecidos em diversas ocasiões durante o ano de 2009: Ofertas do meu amigo António Andrade Albuquerque, Dia dos Namorados, Aniversário e Natal.







  • O Clube Mefisto (Tess Gerritsen)
  • A Ofensa (Ricardo Menéndez Salmón)
  • O Homemde Sampetersburgo (Ken Follett)
  • A Solidão dos Números Primos (Paolo Giordano)
  • Sozinhos (Lisa Gardner)
  • O Papa que Nunca Existiu - edição brasileira (António Andrade Albuquerque)
  • O Símbolo Perdido (Dan Brown)
  • Doida Não e Não (Manuela Gonzaga)
  • A Mordaça Inglesa (Gonçalo Amaral)
  • O Espaço Vazio (Dick Haskins)
  • Lisboa 44 (Dick Haskins)

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin