domingo, 27 de abril de 2008

"SHANTARAM" - Gregory David Roberts

Shantaram é o título do livro que estou a ler. Já aqui tinha falado sobre ele http://wwwcontamehistorias.blogspot.com/2008/04/duas-novas-aquisies.html. Vou começar a ler a página 220 (o livro tem 892) e confesso: estou completamente apaixonada pela história que o autor relata. Gregory David Roberts conta a história da vida que começou ao trinta anos, após a sua fuga de uma prisão de alta segurança, na Austrália. Conta, ao longo das suas páginas, como nasceu um homem novo, através das vivências humanas, numa Indía plena de contrastes. Não vou aqui falar mais sobre o livro, até porque ainda não o li todo, mas deixo que o autor vos conte algumas das passagens desta história, que tal como já vos disse, me apaixonou verdadeiramente.










sábado, 26 de abril de 2008

Os meus livros de Dick Haskins

Hoje comprei mais umas edições antigas dos livros de Dick Haskins.


Para além das revisões que o autor fez a alguns dos textos, as capas também sofreram uma evolução bastante positiva. Deixo aqui as capas de todos os livros de Dick Haskins que possuo, onde é bem visível a evolução gráfica das capas.


Livros doa quais tenho duas edições (as mais antigas de 1966 a 2003):



















Livros dos quais apenas tenho a edição mais recente (2002/2003):





























Livros dos quais tenho apenas edições antigas ( entre 1958 e 1970)
















sexta-feira, 25 de abril de 2008

Os Jovens e o 25 de Abril

Hoje, o Presidente da República Portuguesa revelou estar preocupado com a distanciamento dos jovens em relação à política e ao desconhecimento revelado pelos mesmos no respeitante ao 25 de Abril. É de facto preocupante os nossos jovens demonstrarem uma profunda ignorância sobre a nossa história tão recente. Sobre o dia histórico, que lhes permite hoje tantas coisas proibidas e nem sonhadas, aos jovens de então.

Mas, para mim, há algo ainda mais preocupante que essa ignorância juvenil, e que é o esquecimento sénior. Passo a explicar: os jovens de hoje, são filhos e netos dos jovens, homens e mulheres de Abril de '74. E se os jovens nunca ouviram falar do 25 de Abril, a culpa é da escola? Também, mas não só. O facto de os jovens de hoje não saberem nada, ou quase nada, sobre essa data histórica, significa que os pais, os avós, aqueles que viveram esse dia e essa época, não lhes contam como foi. Significa que somos um povo que não fala do seu passado, que os pais não contam aos filhos como era "no seu tempo", que a nossa história é esquecida, não apenas nos bancos de escola, mas no seio das famílias, por aqueles que fazem parte dessa mesma história.

Eu cresci a ouvir falar do 25 de Abril em casa. Não foi na escola que me contaram que os supermercados ficaram vazios, porque as pessoas se abasteceram, com medo do que podia vir - foi a minha mãe. Foi o meu pai que me contou como os capitães se organizaram, e porquê. Foram os meus pais que me explicaram o que era a PIDE, a DGS, o Limoeiro, as Mónicas, o Tarrafal. Foi o meu pai que me contou os episódios de uma guerra que viveu.

Não tenho filhos, mas se os tivesse contar-lhes-ia que a avó, no dia 25 de Abril de 1974, foi à janela logo de manhã e ouviu a vizinha dizer "Ó vizinha, já sabe? Há uma revolução!", e que o avô chegou a casa com um grande pão de Mafra, porque já não conseguiu comprar mais nada, quando no trabalho o mandaram para casa porque havia uma Revolução.

Pois é, parece-me que os pais de hoje, se esquecem de muitas coisas...

25 de Abril

Para não esquecer...



24 de Abril de 1974 - 22h30 - A SENHA




25 de Abril de 1974 - 00h30 - Rádio Renascença - Programa "Limite" - A CONTRA-SENHA



25 de Abril de 1974 - 04h30 - Rádio Clube Português - Comunicado do "M.F.A."

terça-feira, 22 de abril de 2008

Revista LER

Com lançamento hoje, 22 de Abril, sob a direcção de Francisco José Viegas, a Revista LER passa a ter uma periodicidade mensal.

Neste primeiro número da nova Ler, destaque para a entrevista de Lobo Antunes, as ideias de Paulo Teixeira Pinto para a editora Guimarães, que acaba de comprar, a lista dos 50 escritores mais influentes do século XX, os tops dos livros mais vendidos em Portugal e os rumores sobre o universo editorial.



Agora, a Revista LER passa a ter periodicidade mensal.


Amanhã, vou comprar.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Os Livros da Minha Vida

A minha vida e os livros são indissociáveis. Não me consigo imaginar sem eles - desde que me conheço, ou melhor, desde que tenho consciência das minhas memórias de mim mesma, que os livros estão presentes.

De todos os livros que já li - e já foram mesmo muitos nestas mais que três décadas de existência - existem sempre aqueles que nos marcam, quer seja pela história, quer seja pela fase da vida em que os lemos, quer seja pelas personagens, ou por aquilo que com eles aprendemos.

Se fosse aqui enumerar todos os livros de que gostei, escreveria um post longo. Por isso vou mesmo partilhar convosco só aqueles que considero os livros da minha vida, aqueles que já li mais que uma vez, que me marcaram, por diversos motivos.

São eles:

"Os Maias" - Eça de Queiróz
"Viagem ao Mundo da Droga" - Charles Duchaussois
"Os Três Mosqueteiros" Alexandre Dumas
"O Conde de Monte Cristo" - Alexandre Dumas
"Fernão Capelo Gaivota" - Richard Bach

E vós? Quais são os livros da vossa vida?

domingo, 13 de abril de 2008

Mais vale matar crianças do que assassinar maridos...

Este é o título do Editorial do jornal "DESTAK", da passada quinta-feira, dia 10 de Abril de 2008, escrito por Isabel Stilwell
Li e considerei um dos textos mais verdadeiros e realistas que li nos últimos tempos. Infelizmente...
Reproduzo-o aqui, para reflexão sobre o nosso sistema de justiça.

"Há dias em que tomamos consciência da inconsistência de muitas das coisas que nos rodeiam, e de como o mundo vai girando, aparentemente indiferente a essa incoerência. E nós com ele. Ontem, o tribunal condenou Maria das Dores, a mulher que contratou um homem para matar o marido, a 23 anos de prisão. A senhora não esteve presente na leitura da sentença porque, segundo constou, estava a recuperar de uma tentativa de suicídio, embora uma reportagem da revista SÁBADO sobre a sua vida na prisão, e de que o Destak publica um extracto por antecipação, Maria das Dores pareça sofrer de um distúrbio mental grave.
Ou de maldade pura, como se diria há alguns anos, antes de procurarmos explicações psicológicas para estes «fenómenos».
Matar o marido é um crime grave, mas a notícia trouxe-me à memória, num flash assustador, a sentença do pai da «criança de Viseu», que aos 2 meses deu entrada em coma no hospital, vítima dos seus maltratos.
O pai, diz o acórdão, e desculpem a crueza, mas às vezes precisamos de ser confrontados com uma realidade que preferíamos acreditar não existir, «introduziu no ânus do bebé objectos que causaram traumatismos e fissuras profundas», e estamos a falar de 55 pontos necessários para as suturar, num corpo que não media mais de 70 cm. Ficou também provado que lhe batia com uma ripa de madeira envolta em panos para não deixar marcas.
O juiz concluiu que a criança teve dores horríveis e reiteradas, já que as sessões de tortura foram muitas, e confirma que o bebé só não faleceu «devido aos cuidados médicos que lhe foram prestados», mas que sofrerá de sequelas irreversíveis.
Apesar disso, o pai, que para todos os efeitos a matou, foi condenado a 10 anos, porque a lei que rege os crimes de abuso sexual não permite mais.
E como se esta ligeireza não fosse chocante, soma-se-lhe o facto de que, tanto quanto conseguimos apurar, ainda não lhe ter sido definitivamente retirado o poder paternal. Vivemos, de facto, num país onde o direito dos menores é menor."

sábado, 12 de abril de 2008

"O Minuto 180" - Dick Haskins

Terminei hoje de ler mais um livro de Dick Haskins - "O Minuto 180"

«Atenção, por favor. Esta é a última chamada da International Aorways, no seu vôo três, dois, quatro, com destino a New York. Senhores passageiros, é favor dirigirem-se ao avião»

Quando os passageiros do vôo 324 embarcaram naquela viagem, não podiam imaginar que poderiam ser os seus últimos momentos de vida...

Ao minuto 180 o avião iria explodir... 151 vidas iam a bordo.

Mas, uma chamada anónima muda o rumo da viagem e os passageiros saem ilesos, após uma aterragem de emergência no aeroporto de Londres. Quem fez a chamada? De certeza que quem a fez teria conhecimento da bomba-relógio colocada a bordo.

Quem seria a vítima, ou as vítimas? A quem se detinaria a bomba? Porquê matar 151 pessoas, para apenas atingir um alvo?

Dick Haskins procura responder a todas estas questões, envolvendo-se numa teia de histórias, em que todos podem ser vítimas, mas também podem ser assassinos. Conspiração, espionagem, suspense... Mais uma história brilhante, de uma imaginação surpreendente, tão naturais no autor.

Mais duas aquisições literárias...

Pois foi, ontem comprei mais dois livros! Desta vez, nenhum deles é policial.

Aqui ficam as referências.


"Os Rebeldes do Himalaia" - Philippe Broussard

"O Tibete vive, desde 1950, sob o domínio absoluto da República Popular da China. Ao longo destes anos dolorosos, o país do Dalai-Lama conheceu, perante a indiferença da comunidade internacional, a prisão, a deportação e o genocídio de centenas de milhares dos seus habitantes, a destruição de templos, mosteiros e conventos e a asfixia de uma cultura única e milenar

Contudo, existe no Tecto do Mundo uma resistência constituída na sua maioria por monges e monjas que, inspirados no pacifismo budista, continuam a padecer da prisão e da tortura pela liberdade do seu país.

São eles os rebeldes do Himalaia, os paladinos da esperança de um povo desapossado do seu bem mais precioso: a sua identidade."

"Kafka à Beira-Mar" - Haruki Murakami


"Kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado grande parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.

Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima omo a do assassino permanecerão um mistério.

Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo."

Quando ler as obras, comentarei.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Duas novas aquisições



Hoje fui à FNAC e adquiri dois livros. Deixo aqui as suas capas e os textos das contra-capas. Agora, é só dedicar-me à sua leitura...


LIVRO 1 - "O Caso da Rua Direita" - Carlos Ademar



"Em Lisboa, pela calada da noite, um carro com sangue é encontrado abandonado junto a um café. À mesma hora, no Hospital de Santa Maria entra um cadáver. As marcas do crime não deixam dúvidas. Quem matou o capitão Matias?


A personalidade do defunto lançava a suspeita sobre muita gente: um marido enganado; uma mulher humilhada; uma loura vistosa; ligações a uma organização criminosa...

Uma brigada dos Homicídios embarca na aventura de tentar obter resposta.

Um livro que é um retrato fiel do quotidiano dos investigadores, das tensões vividas entre si, das paixões geradas, das suas frustações e das suas dúvidas.

Mas que nos dá também a conhecer os métodos seguidos, as estratégias adoptadas, os meios utilizados, os desafios a vencer.

E, por fim, a resposta?"

Pareceu-me um bom livro, escrito por Carlos Ademar, investigador criminal na Secção de Homicídios da Polícia Judiciária.


LIVRO 2 - "Shantaram" - Gregory David Roberts

"Quando chegou a Bombaim não passava de um fugitivo: sem identidade, sem futuro, sem esperança. Nessa cidade conheceu o paraíso e o inferno, o amor e o ódio, a paixão e a guerra. E conquistou um nome que lhe foi dado com o coração: Santaram.

Aterrou em Bombaim fugido de um passado de crime e drogas, perseguido pela Polícia após ter escapado de uma prisão de alta segurança na Austrália. Nos seus bairros miseráveis, aqueles onde os estrangeiros nunca entram e onde só o amor e a lealdade poderão garantir a sobrevivência, a sua vida ganhou um sentido e alcançou uma intensidade que julgava impossível.

Nas ruas imundas e fervilhantes de Bombaim aprendeu o valor da autêntiva amizade com homens simples e alegres, como Prabaker, ou duros, violentos mas leais, como Abdullah. Conheceu também o prazer e o tormento de amar uma mulher excepcional. E sofreu o lado obscuro da vida com a mesma força: a tortura e o horror das prisões indianas; a traição e a morte dos que lhe eram queridos. Conquistou um lugar entre traficantes, contrabandistas e falsários, adoptou os seus códigos de honra e criou laços que o levaram até às montanhas do Afeganistão, ao lado de mujaheddins que combatiam as tropas soviéticas.

Esta é a história real da transformação de um homem que atravessou toddos os estádios do espírito e todas as provas do corpo E é também o relato de uma aventura incrível numa cidade ao mesmo tempo terrível e fascinante, em cujas ruas caóticas e apinhadas se escondem as verdades essenciais da vida."

Este é um caso para dizer que não fui eu que escolhi o livro, mas o livro que me escolheu a mim... Li a contra-capa e chegou para o trazer para casa. são 892 páginas que estou ansiosa por ler.

Depois conto como foi!

"Enquanto as Velas Ardem" - Tabitha King

"Enquanto as velas ardem" é o título do livro que terminei de ler hoje.

Michael McDowell deixou inacabado o manuscrito deste livro, quando morreu, em 1999. Tabitha King (mulher de Stephen King) continuou a história no ponto em que o autor inicial a tinha deixado, "tecendo uma trama gótica sulista de assassínio, culpa, inicência, corrupção e sobrevivência, com as vozes dos vivos e dos mortos."

Calley Dakin tem sete anos de idade, quando o pai é raptado, torturado, assassinado e desmembrado por duas mulheres, sem motivo aparente. O pai era casado com Roberta Ann Carroll, nascida no seio de uma família abastada. Apesar de o marido ser proprietário de uma cadeia de concessionários de automóveis, a mulher faz questão que ele não esqueça as suas origens humildes.

Calley Dakin, tem dotes que a maioria das crianças da sua idade nem sabe existir... Com umas orelhas de tamanho acima do normal, Calley consegue abaná-las, o que diverte o pai e irrita a mãe. Mas os seus dotes mais perturbadores dizem respeito à sua capacidade de ouvir o que não deve... Calley ouve o que os outros vivos não ouvem... Calley ouve os mortos...

Depois da morte do pai, Calley e a mãe são obrigadas a refugiar-se numa casa em Pensacola Beach, longe de tudo e de todos. Ford, o irmão de Calley, com onze anos, fica com a avó materna, a Mamadee. Mas a vida de Calley não é fácil - rejeitada pela mãe, abandonada emocionalmente, cresce sózinha, ouvindo o que mais ninguém ouve, aprendendo a sobreviver num mundo de adultos hostis e que por vezes a mal-tratam.

Uma história fascinante, onde o sobrenatural se cruza com a vida numa teia de segredos e enganos.

Um livro diferente daqueles que costumo ler, mas que me "agarrou" desde o início. Um livro que após cada página nos leva a querer descobrir o que ainda tem para nos contar. Ao longo da leitura desenvolve-se uma empatia com a personagem Calley Dakin, que queremos muito que esta se consiga libertar das amarras que a prendem .

Aconselho!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Salgueiro Maia... 16 anos de ausência


Muito haveria a dizer de Salgueiro Maia. Homem, militar, marido, pai, apaixonado por castelos... Homem que acreditou em sonhos... Homem que concretizou sonhos...



Mas hoje não vou aqui falar muito de Salgueiro Maia. Talvez um dia o faça, mas hoje pretendo, apenas, deixar-lhe a minha homenagem. Para mim será sempre um dos meus heróis.

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