domingo, 31 de maio de 2009

Final de tarde com o Zé Pedro

Que agradável final de tarde. No meio dos livros, a falar de livros e de histórias com o Zé Pedro.
Hoje, a Assírio e Alvim trouxe até nós Ana Criastina Ferrão (autora do livro "Conta-me Histórias"), Rui Xaruto (ilustrador do mesmo livro) e Zé Pedro, para uma conversa com os presentes na Praça Central da Feira do Livro do Porto.
Já passava das 17h30 quando o Zé Pedro apareceu, bem-disposto e sorridente como sempre. Depois foi a conversa com quem ali estava, alguns fâns de longo tempo e muito boa disposição.
No final trouxe a segunda edição do "Conta-me Histórias" autografada por todos e o exemplar de "Não Sou o Único" autografado pelo Zé Pedro.
Todos os presentes na mesa emanavam boa disposição e simpatia, o que transformou o fim de tarde quente de hoje num fim de tarde muito agradável.
Deixo-vos algumas fotos:
O Zé Pedro e o seu contagiante sorriso




Da esquerda para a direita: Rui "Xaruto", Ana Cristina Ferrão, Zé Pedro e António Costa (comissário da programação cultural da 79.ª Feira do Livro)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

"A Cidade sem Tristeza" - Anosh Irani

Sinopse:
" Em 1993, Bombaim está prestes a ser dilacerada pela violência. Chamdi, um menino de dez anos, raramente se aventura para fora do orfanato e alimenta uma fantasia idílica acerca da cidade - um paraíso a que chama Kahunsha, «a cidade sem tristeza». Porém, quando foge do orfanato em busca do pai há muito desaparecido, é atirado para o caos das ruas, sozinho e com o seu único tesouro: a roupa manchada de sangue com que foi abandonado em bebé.

Chamdi luta pela sobrevivência na dureza das ruas. Porém, quando é apanhado pelo rebentar da violência selvagem que rapidamente submerge a cidade, os seus sonhos confrontam-se com a realidade e Chamdi descobre que está a crescer muito depressa.

Comovente e cheio dos panoramas e sons de Bombaim, A Cidade sem Tristeza é uma história de leitura obrigatória sobre as esperanças, os sonhos e as fragilidades da inocência da infância."



Lindo! Gostei muito. Este livro é uma história diferente, que não acaba nem bem nem mal, acaba com aquilo que pode ser um novo princípio.

Chamdi sempre viveu num orfanato, mas sonha conhecer os seus pais. Um dia, levando consigo a peça de roupa manchada de sangue com que foi deixado à porta do orfanato, sai para as ruas de Bombaim, à procura do pai.

Não encontra o pai, mas encontra Shumdi e Guddi, dois irmãos, duas crianças como ele. Shumdi e Guddi planeiam assaltar o templo da rua onde vivem para poderem fugir com o dinheiro das esmolas e sairem assim da exploração de que são vítimas... e Chamdi é o escolhido para levarem avante o seu plano.

No entanto o plano não chega a concretizar-se pois algo de terrível acontece...

Esta é a história de três crianças de rua de Bombaim, usadas e exploradas por adultos sem escrúpulos. É uma história triste, cruel, mas de uma beleza inexplicável, que o autor relata de forma quase poética.

Um livro que se lê com o coração!

Acabadinho de chegar

Podia chegar só para a semana, para não ser tudo tão próximo, mas não... chegou hoje... A aquisição do mês no Círculo de Leitores.


Karen Rose é estreia em Portugal. Chegou a tua Hora é o primeiro de seis títulos a serem publicados, em exclusivo pelo Círculo de Leitores. Espero que seja bom. Se for, corro o risco de querer fazer a colecção da autora (à semelhança do que aconteceu com Tami Hoag e Tess Gerritsen)


Os próximos títulos são:


A Morte Chama-te

O Sabor da Vingança

O Riso do Assassino

Sei Onde Estás

Não Contes a Ninguém



Leia AQUI o primeiro capítulo deste livro.







domingo, 24 de maio de 2009

A hora da verdade...

Já há muito que alguém o deveria ter dito, assim, com toda a verdade!


"O Jantar é às Oito" - Dick Haskins

SINOPSE:

"...Mantinha-se direita e firme na cadeira, porque um punhal atravessava o espaldar desta sustentando-a pelas costas. Quem a assassinara tinha tido a ideia macabra de lhe modelar um sorriso antes de se iniciar o rigor mortis... Eu velava um cadáver... não faltavam velas, mas não havia urna. Velava o corpo de uma rapariga que me tinha confessado que corria perigo de morte..."

Este é o décimo oitavo romance escrito por Dick Haskins, e mais uma vez não me arrependo de o ter começao a ler.

Dick Haskins, ao aceitar o convite de Linda Haynes para jantar, às oito, já esperava uma aventura... Mas estava muito longe de imaginar o tipo de aventura que teria de enfrentar.

Um livro onde a realidade e o sonho, os factos e a imaginação se cruzam, deixando tudo e todos na dúvida... Ou não...

Mais uma brilhante história, plena de suspense, em que só se conhece o verdadeiro culpado nas últimas páginas. Toda a trama é escrita de uma forma espectacular, com personagens muito bem caracterizadas, com pormenores que nos transportam de dedução em dedução como se fizessemos parte da narrativa.

Como já sabem: Adoro o Dick Haskins!


quinta-feira, 21 de maio de 2009

"Balada da Praia dos Cães" - José Cardoso Pires


Sinopse

"Viu no fundo duma cova uma conspiração de cães à volta do cadáver dum homem; alguns saltaram para o lado assim que ele apareceu mas logo retomaram a presa; outros nem isso, estavam tão apostados na sua tarefa que se abocanhavam entre eles por cima do corpo do morto."

Finalmente acabei de ler este livro! E digo finalmente porque tive de me obrigar a lê-lo. A verdade é que não gostei, em especial da escrita do autor. Este foi o primeiro livro que li de José Cardoso Pires, e considero a escrita confusa.

Até meio do livro, apesar de não estar a gostar da escrita, considerei que a história se poderia tornar interessante pois parecia-me uma boa intriga. Mas nem isso... a história revelou-se fraca, sem surpresas.

Enfim, é raro este meu sentimento em relação a um livro, mas terminei-o apenas porque não gosto de deixar leituras a meio.

E para compensar este sentimento de vazio literário, comecei entretanto a ler um livro de Dick Haskins, para me preencher. Este tenho a certeza que me agrada!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Um prémio novo...


Obrigada ao Blog Crónicas da Teresa por este prémio.

As regras são:
1- Completar e exibir a frase: “EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR..."

2- Linkar o blog de onde o selo partiu e deixar um recado avisando que o recebeu.

3- Repassar o selo para cinco blogues que, na sua opinião, sejam “blogues de luz”.


EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR
o caminho que percorro, onde tantas vezes existem sombras escondidas, esperando ...
EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR
o presente que vivo, lembrando a escuridão passada, esperando as trevas que o futuro reserva...


E os blogues escolhidos são:

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Conta-me Histórias...

Eu tentei... a sério que tentei... mas após umas semanas já não consegui resistir mais e... COMPREI-O! Aqui está ele, a segunda edição do CONTA-ME HISTÓRIAS, o verdadeiro! E fica tão bem ao lado da primeira edição, de 1991. A este só lhe falta ser autografado, como o primeiro, para ser perfeito.

É claro que não resisti a folhear este novo exemplar, com novas e muitas fotografias e lá fui eu, "a carga pronta e metida nos contentores", que nem uma "sombra colorida" a viajar num "perfeito vazio" de regresso a um passado que já tem vinte e dois anos de Xutos e Pontapés...

Bolas! Estou a ficar velha (eu sou do tempo do Tim magrinho, do Passeio dos Alegres,...). Mas recordar é viver, é sentir, é crescer... e como dizem os XUTOS:

"Vai quem já nada teme, vai o Homem do Leme"

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Últimas Aquisições

Ainda bem que não prometi nada. Nestas últimas duas semanas adquiri estes três livros (todos a preços inferiores a 5 euros)!



segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Baú - um novo blogue


Todos nós temos em casa coisas que não usamos, roupas que não vestimos, peças que acumulamos sem lhe dar uso ou utilidade. Foi a pensar em algumas dessas coisas, que apesar de ter guardadas por estarem em bom estado, apenas me estão a ocupar espaço, que criei um blogue (mais um! estarão vocês a pensar). É verdade, mais um blogue onde vendo roupas e outras "tralhas" novas e usadas.
Visitem O Baú! Quem sabe, não encontram alguma coisa do vosso interesse...

domingo, 10 de maio de 2009

"A Ilha das Trevas" - José Rodrigues dos Santos

Sinopse:
"Paulino da Conceição é um timorense com um terrível segredo. Assistiu, juntamente com a família, à saída dos portugueses de Timor-Leste e a todos os acontecimentos que se seguiram, tornando-se um mero peão nas circunstâncias que mediaram a invasão indonésia de 1975 e o referendo de 1999 que deu a independência ao país.
Só há uma pessoa a quem Paulino pode confessar o seu segredo - mas terá coragem para o fazer?
A vida e a tragédia de uma família timorense servem de ponto de partida para aquele que é o romance de estreia de José Rodrigues dos Santos, percursor de grandes êxitos como A Filha do Capitão, O Codex 632 e A Fórmula de Deus.
Um romance pungente onde a ficção se mistura com o real para expor, num ritmo dramático, poderoso e intenso, a trágica verdade que só a criação literária, quando aliada à narrativa histórica, consegue revelar."
Quando comecei a ler este livro esperava algo muito diferente do que encontrei. Esperava uma história, baseada nos acontecimentos vividos em Timor-Leste, mas uma história. O que encontrei foi um relato histórico de um povo que resistiu a um genocídio perpetrado durante anos sob a indiferença da comunidade internacional.
Adorei este livro! É sem dúvida um livro brilhante, que apesar de apelidado de romance, relata de forma muito fiel acontecimentos reais.
Conheço relativamente bem a história de Timor-Leste, pois paralelamente à causa tibetana, foi uma causa em que me envolvi. Participei em manifestações, organizei exposições, convivi de muito perto com o povo timorense, conheci algumas das suas tradições e pude sentir a força, a resistência e a verdade desse povo.
Conheci sobreviventes do massacre de Santa Cruz, membros da Falintil, guerrilheiros, mulheres e crianças. Falei com Taur Matan Ruak, saudei Xanana Gusmão e festejei o resultado do referendo que deu a independência tão merecida a Timor Lorosae.
Por tudo isto, reconheço na narrativa de José Rodrigues dos Santos os timorenses reais e as suas vidas, reconheço tantos massacres relatados, relembrei tantas histórias reais narradas pelos próprios... Momentos houve em que ao ler algumas passagens ouvi as vozes de alguns timorenses com quem convivi, me arrepiei e os olhos ficaram turvos...
Não vou aqui falar da história dos livro, pois é a história de um povo, que deve ser lida. Recomendo vivamente este livro, para que não se esqueça nunca a história; para que a mesma não se volte a repetir.
Um abraço a todos os timorenses! Resistir é vencer!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"Armadilha" - Kitty Sewell

Sinopse:

"Dafydd Woodruff, que tenta desesperadamente conceber um filho com a sua mulher , recebe uma carta: «Caro Dr. Woodruff, espero que não me leve a mal escrever-lhe. Creio que sou sua filha.» De súbito, um relativamente inocente passado apodera-se do seu presente e do da sua mulher. E apercebe-se de que não só tem uma filha, mas gémeos, um rapaz e uma rapariga. Quinze anos antes, Dafydd havia trabalhado numa remota região subártica, e estes jovens eram filhos da enfermeira-chefe do hospital em que ele trabalhara, mas com quem nunca tivera qualquer intimidade, e em relação à qual sentia, até, alguma animosidade...

Para provar à mulher que não é o pai daqueles jovens, Dafydd pede um teste de ADN. O resultado é positivo, o casamento periclita e Dafydd regressa ao Canadá para apurar a verdade. Depara-se-lhe uma realidade complexa e poderosa, à qual não pode deixar de dedicar toda a sua atenção."


Este é um livro de leitura simples, mas que prende o leitor ao longo das suas páginas.
Dafydd recebe notícias de um tempo remoto, que passou no Canadá, tentando fugir das suas memórias e de um erro médico que cometeu. Mas as notícias que recebe, vão desmoronar a sua vida como se de uma avalanche se tratasse. Ele e a sua mulher tentam, sem êxito, conceber um filho, e agora recebe a carta de alguém que diz ser sua filha, bem como o seu irmão gémeo?!
Dafydd duvida da veracidade de tal revelação, e para provar a mentira à sua mulher, exige um teste de ADN. O resultado prova que Dafydd é pai dos dois adolescentes. Como forma de pôr termo aquele pesadelo, parte de novo para o Canadá, onde vai viver uma nova fase da sua vida, onde vai perder uma vida e ganhar outra. A realidade que encontra no Canadá e junto daqueles que acreditam ser seus filhos é uma realidade construída em mentiras e jogos perigosos, nos quais se vai ver envolvido e de onde vai, desesperadamente, querer sair. Afinal, a revelação feita na carta foi apenas o princípio de tudo, o princípio de uma grande mudança, de uma nova vida.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um novo selo


Obrigada ao LIVREO por este selo.
Agora devia atribui-lo a 15 blogues, mas desta vez, vou contornar as regras e atribuir a todos os blogues que me seguem.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Até sempre Vasco Granja




Com ele partiu um pouco de todos nós que crescemos a ver este senhor do cinema de animação. Lembro-me bem dos desenhos animados da Europa de Leste, numa língua que eu não percebia e em desenhos animados dos quais nem sempre gostava... Lembro-me bem de ver o Piu-Piu, a Pantera Cor-de-Rosa, o Gato Silvestre e tantos, tantos outros.


E confesso aqui, que antes dos desenhos animados eu gostava de ver o TV Rural e o Engenheiro Sousa Veloso. E ainda me lembro do anúncio: "Contra o mídio e o oídio, Milrás é a solução!" Ahahahahahah...


Lembranças....


E como diria o nosso amigo Vasco Granja: Koniak!

Homem do Leme em entrevista

Ora pois foi... fui contactada pela jornalista Irene Leite, do JPN, para colaborar numa reportagem sobre os Xutos e Pontapés, respondendo a várias questões. Bem... é claro que não podia negar falar dos Xutos e eis que saiu a reportagem.
Podem ler aqui.

sábado, 2 de maio de 2009

"Conta-me Histórias" reeditado

A edição de 1991



A edição de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

"Firmin" - Sam Savage

Sinopse:

«encontrei conforto na ideia ridícula de que tinha um Destino. E comecei a viajar no espaço e no tempo dos livros, para os procurar».

"Nascido na cave de Pembroke Books, uma livraria de Boston dos anos 60, Firmin aprendeu a ler devorando as páginas de um livro. Mas uma ratazana culta é uma ratazana solitária. Marginalizada pela família, procura a amizade do seu herói, o livreiro, e de um escritor fracassado. À medida que Firmin desenvolve uma fome insaciável pelos livros, a sua emoção e os seus medos tornam-se humanos. É uma alma delicada presa num corpo de ratazana e essa é a sua tragédia.

Num estilo ora sarcástico ora enternecedor, Firmin é uma história sobre a condição humana em que a paixão pela literatura, a solidão e a amizade, a imaginação e a realidade, fazem parte de um mundo que acarinhava os seus cinemas de reprise, os seus personagens únicos e a glória amarelada das suas livrarias. Firmin é divertido e trágico. Como todos nós."

Firmin é uma história encantadora.

O patinho feio da família, é como se pode descrever a personagem. É o 13.º filho de uma ratazana gorda e com hábitos alcoólicos. Como a mãe só tem 12 tetas, Firmin fica sempre para o fim das refeições, mamando apenas os restos do leite que os seus irmãos, bem mais robustos, deixaram. Mas até aí, Fírmin vê uma vantagem - apesar de ter de se contentar com restos que apenas enganam a fome que sente, já não mama leite com teor alcoólico.

Para se alimentar Firmin começa por roer os bordos do seu ninho, feito de papel... páginas arrancadas dos livros da livraria onde nasceu. E assim nasce a sua paixão pelos livros. Um dia, enquanto procurava alimento por entre as várias estantes da livraria, começou a ler... e nunca mais parou. A sua paixão cresceu tanto que já não comia as páginas dos livros, ou melhor, já não as comia todas. Deixava as partes impressas intactas, roendo apenas as margens brancas.

Através de Firmin o autor faz uma reflexão sobre a condição humana, a solidão, a necessidade de cada um ser aceite na sua diferença. Firmin, uma ratazana que procura nos livros a companhia da sua solidão, a compreensão de si própria é uma metáfora do ser humano, que se procura a si próprio nos outros.

É um livro pleno de emoções e que somos levados um sentimento profundo de empatia por um animal que normalmente nos desperta repulsa - uma ratazana. Ao longo da história quase que nos apetece dizer: Firmin, eu gosto de ti!

Irónico, sensível, emocional, sarcástico, este é sem dúvida, um livro para todos os amantes dos livros, para todos os "ratos de biblioteca".

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