«Era um adversário duro, de um calculismo extremo.
Ganhar tempo e terreno era a sua única ideia. Não mantinha ilusões quanto à minha superioridade, feita de arma na mão, mas confiava nos meus recursos: o tipo de inimigo que não aceita perder a guerra.»
Quando o contactaram para «executar» os quatro responsáveis por aquele tenebroso caso de violação, Peter Maynard estava muito longe de supor que as investigações iam conduzi-lo a um tal extremo...
Restar-lhe-ia, como consolo, a utilíssima descoberta de que, muitas vezes, quem parece mais afastado é, afinal, quem está mais próximo...
Comecei a ler este livro com grande expectativa e terminei com um forte sentido de desilusão. A história é simples, como já esperava: um milionário contrata Peter Maynard, um assassino profissional, para eliminar os quatro homes que há oito anos violaram a sua filha. Esta, após o crime horrendo, não resistiu psicologicamente, e suicidou-se. Peter Maynard inicia então, a sua cruzada em busca dos homens que não conhece, mas que está disposta a a retirar da existência terrena.
A personagem de Peter Maynard é curiosa: assassino profissional, sofre de uma úlcera no estômago, ouve música clássica, só bebe leite ou água e é dado a monólogos existencialistas.
No entanto, nem a história nem a personagem me conseguiram prender, acabando o livro (pequeno) com uma sensação de vazio. Enfim, nem todos nos podem preencher.
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